Então, saiba que nada há a fazer, verdadeiramente, que há
apenas que estar consciente, que há apenas que ser. Então, o
“fazer” torna-se inútil. A ação não é apoiada por seus
envelopes efêmeros, mas inscreve-se, como você disse, na graça
da Eternidade. Esses momentos, esses instantes, quaisquer que
sejam a intensidade e amplitude deles, estão aí apenas para
permitir-lhe dissolver o efêmero pela potência do Eterno. É isso
que você vê e vive em sua vida. E o que é visto, e o que é vivido
é, exatamente, o que ocorre nesses tempos e em seu tempo.
O Amor é Graça. Os envelopes sutis efêmeros de seus corpos
são apenas resistências e lógicas, como em todo ser humano,
como em todo irmão confinado nesse mundo, na superfície
desse mundo. O que você vê é Verdade, o que você vê deve ser
assumido e, finalmente, superado, não por qualquer vontade
nem por qualquer esforço nem por qualquer explicação. Então,
escute e ouça. Persista a ver a diferença e a separação, e a
distância, que se iluminam, conforme um dia novo em você,
como para cada um, entre o Eterno e o efêmero, entre o Amor
e o medo, entre a Verdade e a realidade, entre a realidade que
você vive e o que é real, ou seja, Eterno.
Veja isso. Nutra-se disso, até não mais poder, até não mais
querer, para que um e o outro, Eterno e efêmero, conduza-o à
sua Morada de Paz Suprema, na qual apenas evocação do que
é efêmero não pode resistir à potência e à clareza da
Eternidade. Veja isso em você, veja isso em cada coisa, em
cada instante e, tendo-o visto, coloque-se aí, onde tudo é
simples, o que quer que diga seu mental, o que quer que diga
seu corpo, o que quer que digam suas emoções, o que quer que