Porque, a partir do instante em que você ouve, então, a razão
não tem mais lugar de ser, porque o ser não tem mais
necessidade de enrolar-se ou revestir-se de camadas efêmeras e
elas, então, dão-lhe a impressão de estarem dissociadas e
separadas. Mas isso forma um tudo na tela de sua consciência,
que entra, de maneira deliberada, pela própria circunstância da
revelação da Luz, focada no que você é, por fulgurância ou por
instantes, que é profundamente diferente do que lhe dá a ver
seu espelho, do que lhe dão a ver seus irmãos e suas irmãs, do
que lhe dão a ver as situações que você vive. Escute e ouça.
Veja tudo isso, mas não pare aí. Deixe trabalhar a Obra no
Branco, deixe-a concluir-se, deixe-a terminar.
E aí, tal a Fênix que renasce de suas cinzas, você assistirá não à
experiência de sua Ressurreição, mas à instalação de sua
Ressurreição. Então, e unicamente nesse instante e nesse
momento, você perceberá que o mestre da Luz nada mais é do
que você, Filho Ardente do Sol. Deixe consumir e queimar o
que não pode manter-se diante do indizível, o que não pode
encontrar justificativa para a própria carência, porque o Amor
apaga, porque a Graça transforma e faz mudar o que você
acreditava para ser consumado, o que não depende mais de
qualquer crença nem de qualquer mundo nem de qualquer
relação, manifestando a pertinência do Sopro do Espírito, do
Espírito do Sol e do Filho Ardente do Sol, no mesmo ritmo e
em uma voz que fala, em uníssono, ao coração de seu ser, que
porá fim, enfim, ao sentimento de dissociação, às ideias de
separação, abolindo, assim, as fronteiras e os limites do que
você crê ser seus corpos.