Aero Magazine - Edição 321 (2021-02)

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MAGAZINE 321 | (^79)
ao acontecimento no quartel da
4ª Zona Aérea, em São Paulo. To-
das as entrevistas foram gravadas
e os áudios preservados, estando
hoje disponíveis no Arquivo
Nacional de Brasília.
Em seu depoimento, Ar-
gondizo disse: “Estava voando
entre Bauru e Piracicaba, no eixo
da aerovia 257, mais ou menos
18h25-18h30, conforme o plano do
copiloto, com mais cinco passagei-
ros. Eu estava no nível 70, a sete
mil pés, a mais ou menos 1.500
metros do solo. Surgiu à minha
frente, talvez a 300, 400 metros do
avião, duas caudas cor de fogo. E,
abaixo, havia como que um bico de
solda com gás, respingos de solda,
caía aquilo como se fossem gotas de
fogo. E à frente dessas duas caudas,
Concepção artística do
óvni visto por Argeu
Argondizo, feita pelo
ilustrador Joseph
Bernardino Benitez
Paiva, janeiro de 2021
uma bola verde. Um verde muito
lindo, nunca vi um verde igual:
transparente, um verde metálico,
como esses carros pintados, metá-
licos, só que mais claro, transpa-
rente”.
O piloto nunca soube de
investigações posteriores ou das
conclusões da Força Aérea quanto
ao que observara – se é que
conclusão houve. Aposentou-se
da Cesp pouco depois e passou a
residir no bairro Jardim São Paulo,
distrito de Santana, localizado
no município de São Paulo, aí
estabelecendo uma oficina de
refrigeração. Ainda pilotou, por
vários anos, um avião Navajo
para o fazendeiro Flávio Pinho de
Almeida. Costumava levá-lo aos
finais de semana para as proprie-
dades rurais dele. Mudou-se, em
2008, para o bairro de Vila Nova
Caledônia, no distrito de Cidade
Ademar, igualmente situado na
capital paulista, onde vive até hoje,
ao lado da esposa, sendo regular-
mente visitado por seus filhos.
Argeu Argondizo no
comando de um avião

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