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LOBO FRONTAL LOBOS PARIETAIS LOBOS OCCIPITAIS
Responsável pela funções de raciocínio
abstrato, relações e significados sociais, e
gestos de maior complexidade ou que exigem
maior precisão. Contém o córtex motor e o
cortéx pré-frontal.
Pode ser descrito como um hub de sensores
que recolhe informação relativa ao tato,
calor, dor, ou sabor. O processamento desta
informação ajuda o indivíduo a localizar-se no
espaço
Processa informação captada pelos olhos
e compara o que é visto com registos do
passado. Comunica com outras áreas que
ajudam criar significados, consoante a
expectativa ou a experiência individual
O CÉREBRO
UM MISTÉRIO DESVENDADO AOS POUCOS
Miguel Nicolelis, cientista brasileiro que tem
vindo a trabalhar na Universidade de Duke
(EUA) surpreendeu o mundo em pleno jogo de
abertura do Campeonato de Futebol de 2014,
que foi realizado no Brasil, com a apresentação
de um exoesqueleto controlado pela atividade
cerebral de um paciente paraplégico. O
horário nobre não evitou que houvesse quem
considerasse o projeto um fracasso.
Investigadores da Universidade da Califórnia
conseguiram devolver a doentes paraplégicos
a capacidade para controlarem tablets com
o pensamento. A solução não descodifica
palavras, ideias ou emoções, mas permite
todas as interações necessárias com um tablet
através de implantes colocados nas regiões
motoras do cérebro. Os implantes comunicam
com os tablets através de redes sem fios.
Em 2014, o projeto BrainFlight demonstrou que
é possível controlar um avião apenas e só com a
monitorização feita com uma touca de elétrodos que
monitoriza a atividade de várias regiões do cérebro
envolvidas no processo de pilotagem. O projeto
contou com o apoio da empresa portuguesa Tekever,
da Fundação Champalimaud, da Eagle Science
(Holanda) e da Universidade Técnica de Munique.
O cientista italiano Sergio Canavero e o cirurgião chinés Xiaoping
Ren anunciaram, em maio, ter testado em dois cadáveres o transplante de
cabeças em estado integral. A comunidade científica classificou o anúncio
como “fake news”, mas um grupo de investigadores independente que analisou
o caso admitiu que é uma hipótese científica plausível. Uma paciente de
doença degenerativa, que admitiu em 2015 propor-se como voluntária para o
primeiro transplante acabou por desistir. A polémica promete continuar.