Exame Informática (Junho 2020)

(NONE2021) #1
57

A marcha da Internet das Coisas
(ou IoT, do inglês Internet of Things)
segue imparável, com cada vez mais
dispositivos conectados. A tendência
é para os números crescerem muito
mais nos próximos anos, mas vamos
até vestir alguns destes sensores por
motivos de saúde. Exemplos destes
wearables são as camisolas capazes de
medir o ritmo cardíaco já desenvolvidas
pela Kymira. Esta empresa imprime um
sensor de eletrocardiograma no tecido
de uma t-shirt que afere os batimentos
cardíacos e envia os dados para a ‘nuvem’
através de Bluetooth. É na cloud que os
algoritmos processam a informação para
detetar ritmos irregulares ou arritmias e
alertam o utilizador no caso de identificar
problemas. O mesmo princípio é seguido
pelo SmartBra. Este soutien inteligente
desenvolvido pela Escola Politécnica de
Lausanne, em parceria com a startup
IcosaMed, ajuda a detetar o cancro da
mama em fases iniciais. Enquanto as
mamografias recorrem a raios-X, este
wearable recorre a ultrassons, que são
gerados por sensores piezoelétricos
embutidos na peça de roupa. O gel que
é tipicamente utilizado nos ultrassons é,
neste caso, substituído por uma interface
de plástico e, quando deteta uma massa
suspeita, este dispositivo envia um
alerta para o utilizador a pedir-lhe que dê
seguimento ao caso com um especialista.
Estes são apenas dois exemplos de
como a roupa pode vir a salvar vidas,
mas há ainda que não esquecer o tecido
que é capaz de aquecer ou arrefecer
a pessoa consoante a temperatura
do meio ambiente. Desenvolvido pela
Universidade de Maryland, o material
é, basicamente, composto por fios
revestidos a metal que se adaptam ao
calor ou frio do exterior, expandido ou
contraindo consoante a necessidade de
libertar ou acumular calor. P. M.

O que impediu uma adoção mais rápida
do 4K não foi a falta de dispositivos
compatíveis com esta resolução e sim
os conteúdos em Ultra Alta Definição
que tardaram em aparecer. Atualmente,
é o 8K que começa a entrar no mercado.
A Samsung, por exemplo, já vende em
Portugal televisores destes e os seus
smartphones Galaxy S20 são capazes
de gravar vídeo nesta resolução. O
próximo passo na corrida aos píxeis será
o 16K. Esta resolução de 15360x8640
tem quatro vezes mais píxeis do que o
8K (duas vezes mais na horizontal ou
largura e duas vezes mais na vertical ou
altura), 16 vezes mais píxeis do que o
4K e 64 vezes mais píxeis que o FHD.
A Sony até já mostrou, no ano passado,
um ecrã 16K de 783 polegadas com
tecnologia Crystal LED, que é baseada
em múltiplos módulos de micro-LED. P. M.

Com a evolução galopante
dos carros autónomos,
o desafio para os ter nas
estradas não é tecnológico
e sim regulamentar. Quando
finalmente estiverem em
circulação espera-se uma
redução do tráfego e dos
acidentes. Vamos é ver
se antes não estaremos
todos a cruzar os ares com
a hoverboard que Franky
Zapata usou para atravessar
o Canal da Mancha numa
viagem que durou 22
minutos e lhe permitiu atingir
velocidades de 170 km/h. P. M.

VISIONÁRIOS


JOHN


CARMACK
É uma espécie de
pai dos jogos FPS
(First-Person Shooter
ou, em tradução livre,
tiros na primeira
pessoa). Nascido em
1970, este programador
ganha popularidade
duas décadas depois
quando a sua empresa
id Software desenvolve
tecnologias que
permitem criar títulos
como Wolfenstein
3-D, Doom e Quake.
Em 2013 assume o
cargo de CTO (Chief
Technology Officer) da
Oculus, a empresa de
Realidade Virtual que a
Facebook comprou por
2 mil milhões de dólares.
Atualmente é CTO
consultivo da empresa
e é visto como uma das
grandes esperanças
para conseguir
massificar a RV.
Vamos ver se a paixão
pela tecnologia
aeroespacial
não lhe vai desviar
a atenção.

VER ATÉ AO MAIS


ÍNFIMO PORMENOR


“VOU VOAR!” ROUPA QUE


SALVA VIDAS

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