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O novo Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD)
também vem ajudar nesta tarefa: agora as empresas têm
uma pessoa – chamada de encarregado de proteção de dados ou
DPO, na sigla em inglês – a quem pode enviar um e-mail a pedir
um registo dos dados que aquela empresa tem sobre si ou então
que elimine por completo qualquer informação sua. Os pedidos
podem demorar dias ou semanas até serem concretizados, mas
se não forem – se continuar a receber e-mails ou chamadas, por
exemplo –, uma alternativa é fazer uma notificação à Comissão
Nacional de Proteção de Dados (CNPD), através do site.
Se decidir manter alguns perfis online (por causa daquela
questão de ocupar um nome para que outros não o possam
fazer), considere usar avatares animados ou imagens aleatórias
como foto de perfil, para que não saibam quem é. Dê também
prioridade a pseudónimos ou alcunhas, para não ter que usar o
nome verdadeiro. E seja franco com os seus amigos sobre a sua
posição relativamente à privacidade digital: desta forma vão
ter mais cuidado para não inclui-lo em fotos e publicações, nem
identificá-lo publicamente numa rede social da qual tanto quis
desaparecer.
Desative funcionalidades que o podem comprometer.
Um bom exemplo é desligar a utilização do GPS quando
está a tirar fotografias – desta forma, não há metadados de
geolocalização que possam ser explorados no futuro. Tenha ainda
atenção ao enquadramento das fotografias que capta: basta
um edifício mais alto, de cor distinta ou um ponto de referência
muito conhecido para se conseguir perceber perfeitamente onde
esteve.
Se não os pode vencer... enterre-os! É um método
alternativo, mas cujos resultados também são positivos:
depois de eliminar toda a sua presença online, pode concentrar
os seus esforços na otimização de uma única página web que
é controlada por si. Assim, quando alguém pesquisar pelo seu
nome, além de ir ter em primeiro lugar ao site que é gerido por si,
o bom posicionamento nos motores de busca ajuda a ‘enterrar’
outros resultados que pode estar a ter maior dificuldade em fazer
desaparecer.
Tem dados seus publicados num site que não é gerido
por si e não sabe como foram lá parar? Não há e-mail,
morada ou número de telefone visível que possa contactar? Uma
O próximo passo é remover-se do Google. Mesmo com
a esmagadora maioria dos seus perfis e informações
em sites apagada, é provável que ainda encontre o seu nome,
fotografias e outras informações disponíveis online naquele
que é o mais popular dos motores de busca. Para remover-se do
Google, vá ao site google.com/webmasters/tools/removals e
insira o link que corresponde ao conteúdo que quer ver removido.
Em alternativa, sobretudo se existirem informações falsas ou que
já estão datadas sobre si, também pode exercer o direito a ser
esquecido, sendo que neste caso a Google vai avaliar se o seu
pedido se enquadra nas regras desta ferramenta. Pesquise por
Formulário de pedido de remoção de informações pessoais e
aceda ao site da Google que lhe dá acesso a este formulário.
Outra limpeza obrigatória é remover subscrições de
newsletters. No final de cada e-mail, encontrará um link
que lhe permite dizer à empresa que não quer receber mais
mensagens sobre aquele serviço. Isto é importante porque
a partir do nome e e-mail antigo, podem ser cruzados dados
disponíveis online para chegar até aos seus novos contactos.
Faça o mesmo com chamadas de marketing: quando lhe
ligarem, peça para que os seus dados sejam removidos ou um
contacto a quem possa fazer esse pedido. Depois de apagar os
serviços associados a um determinado e-mail e de cancelar as
subscrições de newsletters, proceda à eliminação desse e-mail.
Em alternativa também pode eliminar o e-mail sem eliminar
os serviços – tem é de indicar um novo endereço de e-mail a
contactar, pois o antigo vai desaparecer.
alternativa é usar o serviço whois.com, que revela informações
sobre as empresas ou pessoas que estão por trás de uma
determinada página web. Se o site for português, recomendamos
a utilização da ferramenta DNS.pt – diz-lhe quem é o titular da
página, como a entidade gestora. Atenção: existem serviços
que mascaram as informações do Whois, pelo que em alguns
casos pode ser quase impossível saber quem está por trás de
determinada página.