ALTOS E BAIXOS
+
NOTA FINAL
88
4,3
PS4 (testado), Xbox One
UFC 4 €69,90
KO com um joelho
saltado – Masvidal
a fazer furor
nos ringues
e nas consolas
As submissões estão
mais fáceis. Toma lá
um triângulo de
braço do Nate Diaz!
Os comentários
estão a cargo de
Jon Anik e Daniel
Cormier. Sentimos
falta de Joe Rogan...
Estes gráficos
podem (e devem)
ser melhorados
D
epois da boa impressão causada por UFC 3,
eis-nos de volta ao octógono para a nova
versão do jogo de luta. Reconhecemos que
este é um título desafiante para os programadores,
uma vez que o foco está no realismo – não há lutas
no ar, monstros com poderes sobrenaturais e afins
- e replicar MMA (Mixed Martial Arts) implica,
basicamente, conjugar com sucesso ingredientes
diferentes: luta em pé (socos, pontapés, joelha-
das e cotoveladas); clinch (luta agarrada em pé);
wrestling (levar o oponente para o chão); e brazilian
jiu-jitsu (submissões). A Electronic Arts parece ter
escutado algumas das críticas à versão anterior e,
em UFC 4, simplificou a mecânica de jogo na luta
de chão – seja nos takedowns, seja nas transições
e na execução de chaves e estrangulamentos (os
minijogos para levar as submissões a bom porto são
mais intuitivos, mas é sempre possível recorrer ao
modo anterior de maior complexidade). O mesmo
acontece com o clinch, que agora é mais fluído.
Contudo, sentimos que houve um retrocesso gráfico.
Apesar dos lutadores terem as mesmas tatuagens dos
atletas ‘reais’, as caras perderam definição e grau
de detalhe. Mas continuamos a gostar das marcas
com que os lutadores vão ficando durante as lutas:
hematomas no tronco, lábios rebentados, olhos
inchados, etc. Contribui para a aura de realismo
inerente a este desporto.
A classificação dos lutadores mudou. Agora, em
vez de notas de 0 a 100, temos valores de 0 a 5 es-
trelas (com escalas intermédias de 0,5). A juntar a
isto, são classificados em diferentes subcategorias:
luta em pé; luta no chão; saúde; movimentos pre-
feridos; e atributos especiais. A estas características
juntam-se maneirismos específicos de cada lutador,
como a entrada confiante de Connor McGregor ou
a ‘Stockton slap’ de Nate Diaz.
CARREIRA REPETITIVA
O modo carreira foi renovado. Agora contamos
com a presença de um treinador e o início serve
como tutorial. Consoante o nosso desempenho nas
diferentes áreas e prestações nas primeiras lutas
é-nos indicado o nível de dificuldade mais ajusta-
do às nossas capacidades e os próximos passos na
carreira profissional: a liga secundária WFA; o Dana
White’s Contender Series; ou o UFC. Antes de cada
luta, há semanas de campo de treino. É aqui que
refinamos técnicas, melhoramos atributos e pode-
mos até embarcar em ‘bate-boca’ nas redes sociais
com oponentes. Contudo, o processo torna-se algo
repetitivo em pouco tempo.
A EA disponibiliza duas novas arenas de que ficá-
mos fãs: o ‘backyard’ (uma espécie de quintal), num
piscar de olho à herança deixada por Kimbo Slice; e
o Kumite, que é inspirado no filme Bloodsport (Força
Destruidora em Portugal, de 1988), com Jean-Claude
Van Damme. Ambos proporcionam um ambiente
diferente e funcionam particularmente bem num
torneio entre amigos. Paulo Matos
O novo UFC parece um retrocesso gráfico, mas conseguiu melhorar
a jogabilidade da luta no chão. Não é revolucionário, mas realista q.b.
PORRADA NELES!