32suporta expansão por cartão microSD.
Sim, vivemos na época em que a cloud
ganha terreno para guardarmos ficheiros
e terminais da Samsung como o Galaxy
Z Fold 2 e o Z Flip já tinham seguido este
caminho, mas fica a sensação que, depois
do jack de 3,5 mm e (agora) do carrega-
dor, é mais uma funcionalidade perdida.
Passando para boas notícias, os S21, que
são todos 5G, chegam a um preço mais
baixo do que os terminais do ano transa-
to. A diferença não é significativa, mas é o
inverter de uma tendência. Acreditamos
que, em parte, a Samsung avança com
esta decisão devido ao sucesso obtido
pelo Galaxy S20 FE, que chegou com
muitas caraterísticas de topo de gama
a um preço mais baixo. Refira-se que,
no mercado português, o S21 Ultra está
disponível na cor preta ou prateada. E,
já agora, que suporta Wi-Fi 6E.
VÍDEO À DISCRIÇÃO
Como seria expetável, o Ultra faz uma
aposta forte na componente de fotogra-
fia, estreando um novo sensor. Assim, na
traseira a câmara principal pode chegar
a uma resolução máxima de 108 MP e a
ultra grande angular permite capturar
imagens num ângulo de 120°. As ou-
tras duas são telefotos e são dedicadas
ao zoom: uma delas para um ótico até
3x e outra, a periscópio, para um ótico
até 10x. O Ultra mantém o zoom digital
de 100x, que já estava presente no S20
Ultra, mas que no Note 20 se tinha ficado
pelas 50x. Um pormenor onde a Sam-
sung acertou foi na disponibilização do
chamado Zoom Lock, que faz entrar em
cena o estabilizador quando ultrapas-
samos um zoom de 20x para permitir
que as imagens captadas fiquem menos
tremidas, embora, claro, o ruído seja
evidente quando chegamos perto das
100x. A câmara frontal é de 40 MP e,
num cômputo geral, embora tenhamos
apreciado o alcance dinâmico, depois
de termos testado o iPhone 12 Pro Max
da Apple e o Mate 40 Pro da Huawei nos
últimos tempos, achamos que a Sam-
sung ainda fica ligeiramente atrás dos
rivais. Por pouco, é certo. Apenas no
Modo Noite fica claro que o Ultra ainda
tem de melhorar para atingir o patamar
que a Huawei domina e do qual a Apple
se aproximou.
Onde a Samsung marca pontos é na
versatilidade. As fotografias apostam
numa replicação realista, há muito zoom
para explorar, a funcionalidade Capta-
ção Única – em que apenas um toque
no obturador permite que durante 10
segundos sejam capturados diferentes
tipos de disparos (fotos e vídeos com
filtros, efeitos de velocidade, etc.) – foi
melhorada e, acima de tudo, o vídeo é
uma aposta declarada. É possível gravarS21 E S21+
AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Quando comparados com o Ultra, o S21 e o S21+ têm várias
semelhanças, mas também alguma diferenças. A mais óbvia é o
tamanho: o S21 tem um ecrã de 6,2” e o S21+ um de 6,7”, ambos
com uma resolução de 2400x1080. A taxa de atualização também
é adaptativa, mas a variação é entre 48 e 120 Hz. Possuem menos
RAM (8 GB) e a capacidade da bateria também é inferior. E, claro, as
câmaras: a frontal é de 10 MP; na traseira estão a principal e a ultra
angular com 12 MP, a que se junta uma telefoto de 64 MP. Tudo isto
se repercute no preço: o S21 começa nos €879 e o S21+ nos €1079.vídeo a 8K (24 fotogramas por segundo)
com a câmara traseira, sendo que depois
podemos extrair uma fotografia. Todas
as câmaras são capazes de gravar em 4K,
o que é muito útil para transmitir conti-
nuidade à qualidade da imagem na fun-
cionalidade Vista de Realizador. Como o
nome deixa entender, este modo dá-nos
acesso a todas as câmaras em simultâneo.
Ou seja, começamos a gravar um vídeo
e podemos alternar entre qualquer uma
delas, o que, se desejarmos, também
inclui a frontal, que pode ser colocada em
Picture-in-Picture ou a dividir o ecrã. É
isto algo verdadeiramente novo? Não, a
Huawei já tinha o Vista Dupla desde o P30
e o LG Wing traz uma espécie de Vista do
Realizador com a vantagem de permitir
gravar em dois ficheiros separados, algo
que não é possível neste Samsung, já que
apenas é gerado um ficheiro. A vantagem
do Ultra, parece-nos, está na capacidade
de oferecer um pot-pourri de possibili-
dades ao utilizador. Paulo MatosGALAXY S21 ULTRA GALAXY S21+ GALAXY S21