O
primeiro elétrico da Ma-
zda é um SUV de linhas
desportivas, como tem
sido hábito do fabricante
japonês. É impressionante como os
designers da Mazda conseguem con-
jugar minimalismo com sofisticação.
Tanto no exterior, como, sobretudo,
no interior, onde nem falta aponta-
mentos em cortiça portuguesa.
Ainda no que diz respeito ao estilo,
o que mais sobressai são as portas
“free style”. Estas portas, que abrem
ao contrário do habitual, dão aces-
so aos bancos traseiros e permitem
dispensar os pilares centrais. Em
termos de design, é uma opção que
reforça o caráter desportivo do carro.
Mas em termos de funcionalidade,
só se pode usar as portas traseiras
com as portas da frente abertas, o
vimos isto em outros carros: adaptar
uma plataforma criada para motores
a combustão resulta, em regra, num
mau aproveitamento de espaço.
A aceleração está longe de impres-
sionar para um elétrico, mas menos
de 10 segundos dos 0 aos 100 km/h
é globalmente satisfatório. Melhor
ainda é a condução. Apesar de ser
um SUV, curva muito bem e a dire-
ção é precisa e direta. A posição de
condução está bem conseguida, com
tudo virado para o condutor. Apesar
de este caráter mais desportivo, o
carro é globalmente confortável.
Mas não se pense que pode abu-
sar da velocidade. É que o MX-30
tem uma bateria pequena para a
atualidade. Os cerca de 35 kWh de
capacidade permitem, em condi-
ções reais, um pouco menos de 200
que não é prático no dia-a-dia. O
que também não é nada prático é a
falta de espaço nos bancos traseiros.
É que este Mazda segue a ideia oposta
ao “pequeno por fora, grande por
dentro”. Ou seja, apesar de, por fora,
este ser um SUV que já podemos
considerar de média dimensão, para
os passageiros do banco de trás este é
um SUV bem compacto. Uma opção
estilística e uma consequência da
plataforma escolhida. Isto porque o
MX-30 partilha a base do CX-30. Daí
o tal capô longo, criado para albergar
motores grandes que, no caso do
MX-30, tem muito espaço vazio. Já
GOSTÁMOS
DO CONTROLO DO
INFO-ENTRETENIMENTO
ATRAVÉS DE UMA
RODA DE COMANDO
CENTRAL