(20201002-PT) Exame Informática Semanal

(NONE2021) #1

TESTESTESTES


constante do ecrã principal. Durante
os dias do teste, não abrimos o Fold
2 para, por exemplo, ler mensagens,
tirar fotos ou até mesmo consultar
as redes sociais. O que não só é um
ganho de funcionalidade, mas tam-
bém ajuda a evitar o desgaste do sis-
tema de dobragem. Num cálculo por
alto, usámos o ecrã exterior cerca de
60%, senão mais, do tempo em que
utilizámos o Fold 2. No entanto, as
6,2 polegadas de diagonal do ecrã
exterior, um valor muito generoso,
são um pouco enganadoras porque
muitas apps não adaptam bem ao já
referido formato alongado.
Outra irritação prende-se com as
arestas vivas das margens deste ecrã.
Há uma descontinuidade entre o vi-
dro e o chassis e, quando se passa
por ali os dedos em movimentos de
swipe, sente-se e bem. Obviamente

que está longe de ser suficiente para
causar feridas, mas é desconfortável.

DOBRADIÇA CONVINCENTE
Uma das melhorias mais evidentes
não está na eletrónica, mas sim na
mecânica. Referimo-nos à nova do-
bradiça que permite a dobragem do
ecrã. Enquanto no Fold 1 o sistema
fazia uns cliques metálicos, que in-
dicavam que o ecrã estava fixo na po-
sição aberto ou fechado, agora temos
uma solução semelhante à adotada no
Galaxy Z Flip: podemos deixar o ecrã
aberto em, praticamente, qualquer
ângulo e a posição é mantida. Não há
sons metálicos estranhos, como mui-
tas vezes acontece com o primeiro
Fold. Se está a pensar que esta arqui-
tetura significa que será difícil manter
o smartphone totalmente fechado ou
totalmente aberto, desengane-se,

porque nestes dois extremos entra em
funcionamento uma mola que ajuda
a manter a posição de modo ainda
mais persistente. Não há dúvida, o
mecanismo de abertura e fecho é uma
notável obra de engenharia.
Além de esta solução transmitir
uma ideia de maior solidez e durabili-
dade, permite outras funcionalidades
e métodos de trabalho. Por exemplo,
podemos ter o Fold 2 aberto estilo
notebook, e usar a parte de baixo do
ecrã como teclado virtual. Ficámos
com um pequeno portátil de bolso.
Depois de algum tempo de treino, já
conseguimos teclar a uma velocidade
assinável usando vários dedos das
duas mãos. Está longe de ser uma
solução ergonómica, mas ‘desenras-
ca’ muito bem em muitas situações.
Outra vantagem desta capacidade é
podermos apoiar o smartphone facil-
mente em cima de uma qualquer base
para fazer fotos ou vídeos à distância.
Do mesmo modo que já acontecia
com o Z Fold. O ecrã principal fica
dividido em dois: a parte de cima
mostra a imagem captada pela câma-
ra e a outra metade do ecrã apresenta
os controlos e o preview das imagens
já guardadas. Mas encontrámos uma
falha nesta app. Se clicarmos no bo-
tão para usar a câmara em modo de
um único ecrã – situação em que a
imagem fica a ocupar quase todo o
ecrã –, o botão de disparo (obturador)
fica exatamente na zona da dobra.
O pior sítio possível porque com o
smartphone parcialmente dobrado,
torna-se difícil usar este botão. Fácil
de resolver, é claro, com uma atua-
lização da app da câmara.

CÂMARA BOA,
MAS NÃO EXCELENTE
A análise que fazemos da qualidade
depende sempre da nossa experiên-
cia. Isto para dizer que depois de se
testar as capacidades fotográficas do
Note 20 Ultra, este Fold 2 não entu-
siasma. Ou seja, apesar de este ser o
smartphone mais caro da Samsung,
não é o terminal da marca com as

A NOVA
DOBRADIÇA
PERMITE
MANTER
DIFERENTES
ÂNGULOS
DE ABERTURA
E REDUZIU
A MARCA
DA DOBRA
NO ECRÃ
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