EX AME INFORMÁTICA
o utilizador tem de ter um cabo para ligar os
postos ao veículo. O mais comum é conhecido
por Type 2.
Os Postos de Carregamento Rápido (PCR)
permitem potências de carregamento muito
superiores e, consequentemente, maiores velo-
cidades de recuperação de autonomia. Nos PCR
da rede MOBI.E existem três cabos: Chademo,
CCS e Type 2. Os dois primeiros são de corrente
contínua (ligam-se diretamente à bateria do
veículo) e o Type 2 utiliza corrente alternada,
o mesmo tipo disponível nos PCN, mas com
potência muito mais elevada (até 43 kW). A
maioria dos carros elétricos utiliza carregamento
rápido através de corrente contínua, sendo que
o Chademo é o formato originário do Japão e,
como tal, é usado pelo Nissan LEAF e alguns
outros carros vindos do oriente, e o CCS é o
formato padrão da Europa e usado pela maioria
das marcas (incluindo os Tesla Model 3). Quanto
ao carregamento rápido via Type 2, atualmente
só algumas versões do Renault ZOE suportam
os 43 kW máximos.
QUAL A VELOCIDADE
DE CARREGAMENTO?__
A velocidade a que se recupera a autonomia
num VE quando a usar um carregador público
depende de vários fatores, com destaque para a
potência disponibilizada pelo posto de carrega-
mento e para as potências máximas suportadas
pelo VE (diferentes para corrente alternada,
usada pelos Postos de Carregamento Normal,
e para corrente contínua, usada pelos Postos
de Carregamento Rápido).
Por exemplo, para um Nissan LEAF com um
consumo real, já a considerar algumas perdas no
processo de carregamento, em volta dos 15 kWh,
a velocidade de carregamento num posto públi-
co varia entre cerca de 25 km por hora quando
a usar um PCN de apenas 3,7 kW a mais de 300
km/h quando a usar um PCR de 50 kW (a potên-
cia máxima dos PCR atualmente disponíveis na
MOBI.E, embora já esteja prevista a instalção de
postos mais potentes). É importante sublinhar
que velocidade máxima não se mantém durante
todo o carregamento porque varia em função de
fatores como a percentagem de carga (a potência
máxima suportada vai baixando quando o nível
de carga da bateria aproxima-se dos 100%) e a
temperatura da bateria.
Para ter uma ideia da velocidade máxima de
carregamento em quilómetros por hora, re-
comendamos que use a seguinte fórmula: po-
tência de carregamento (em kW) multiplicado
por 100 e dividido pelo consumo em kWh/100
km. Exemplo: para um carro com um consumo
médio de 13 kWh, o carregamento feito a uma
potência de 7,4 kW será, aproximadamente, 57
km/h (7,4x100/13). Atenção que a potência de
carregamento é a máxima suportada pelo “elo
mais fraco” da equação: o VE ou o carregador.
De outro modo, mesmo que o carregador tenha
uma potência máxima de 150 kW, se o carro só
suportar um máximo de 50 kW, será este último
o valor a utilizar na equação sugerida.
E QUANTA CUSTA?__
O valor pago pelo carregamento varia, natu-
ralmente, em função do consumo real do VE,
incluindo perdas, e, como já foi referido, do
valor cobrado pela utilização do posto e/ou
pela energia. Muitos Postos de Carregamento
Normal ainda são gratuitos. Não só os da MOBI.E
que ainda não foram associados a um operador,
como também postos ou tomadas de cortesia
instalados em alguns espaços comerciais, como
hotéis e restaurantes.
Os postos de utilização mais cara da MOBI.E
são os Postos de Carregamento Rápido, onde o
A GRANDE MAIORIA
DOS CARROS ELÉTRICOS
SUPORTA DUAS FICHAS
DE CARREGAMENTO:
NORMAL (CORRENTE
ALTERNADA) E RÁPIDO
(CORRENTE CONTÍNUA).
E SÃO COMPATÍVEIS COM
OS POSTOS DA MOBI.E