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COLUNA MADE
IN PORTUGAL
DIREITO À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
l Por esta altura já todos nós sabemos
que vai ser muito difícil, senão impossível,
fugir a um futuro sem que a IA domine
parte (toda?) da nossa vida. A pergunta
é: que lei, que direito vai enquadrar esta
realidade emergente. Para dar alguma luz
(vinda de uma lâmpada com IoT, claro)
sobre este assunto, a PLMJ Advogados
lançou um curso avançado em Inteligência
Artificial e Direito, que vai ocupar o
auditório desta sociedade até Junho. Sob
o mote ‘Shaping The Future’, a formação
reúne especialistas de várias áreas de
investigação ligadas à Inteligência Artificial
e Direito e é dirigida a «académicos,
cientistas, juristas, jornalistas, opinion
makers e curiosos», diz Manuel Lopes
Rocha, coordenador deste curso. E como
em Portugal há matéria cinzenta à altura
do desafio, nem vai ser preciso recorrer
a especialistas estrangeiros; todos os
formadores são nacionais (à excepção
de um responsável da Google) e vêm de
diversas áreas. Por exemplo, para dar o
módulo ‘Robots Soldados’ a PLMJ convidou
o Major-General António Coimbra e para o de
‘IA em Medicina’ entra em cena António Vaz
Carneiro, director do Centre for Evidence
Based Medicine da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa. A equipa completa
é composta por especialistas do Instituto
Superior Técnico, NOVA Information
Management School, Faculdade de Direito
da Universidade de Lisboa, Faculdade de
Direito da Universidade Católica Portuguesa,
Instituto de Saúde Ambiental, COTEC
Portugal - Associação Empresarial para a
Inovação, ICT Legal Consulting e sócios,
directores, consultores e advogados de
PLMJ. Todos vão ajudar a desconstruir
tudo sobre Inteligência Artificial (desde
a tecnologia às implicações no dia-a-dia
e legislação aplicável) durante quinze
sessões teórico-práticas, com 45 horas de
duração. Estas sessões estão divididas em
quatro partes: Inteligência Artificial Hoje,
Robotética/Robothumanidade, Inteligência
Artificial nas Profissões Jurídicas e Direito
da Inteligência Artificial. Machine Learning,
Cloud e Blockchain são áreas cinzentas para
si? Então comece a preparar o caderninho
dos apontamentos: estes termos vão
ser enquadrados com as «aplicações da
robótica, os problemas éticos para as
organizações e diferentes áreas de trabalho,
as consequências da automatização para as
profissões jurídicas e ao nível da respon-
sabilidade civil, da gestão da privacidade e
direitos de autor». Será que todos vamos
sair mais inteligentes deste curso? Desde
que não seja uma coisa artificial, tudo bem.
A
inauguração da fábrica da IKI
Mobile em Coruche contou
com a presença do Ministro da
Economia, Manuel Caldeira Cabral e
do Presidente da Câmara Municipal
de Coruche, Francisco Silvestre de
Oliveira, que destacaram o empenho
dos responsáveis da marca portuguesa
na aposta da construção daquela que
é a primeira fábrica de telemóveis da
Península Ibérica.
FÁBRICA DE 2100 METROS QUADRADOS
Situadas em Coruche, estas instalações
implicaram um investimento de 1,
milhões de euros de capitais próprios,
que permitiram criar, numa primeira
fase, 36 postos de trabalho directos na
região, número esse que irá aumentar
numa segunda fase para cem postos
de trabalho directos e trezentos
indirectos. Esta fábrica, que conta
com uma área administrativa de
setecentos metros quadrados e uma
área de produção de 1400 metros
quadrados (que será ampliada com
mais setecentos), terá uma capacidade
de produção de aproximadamente cem
mil telemóveis por mês, embora nesta
fase inicial, sejam produzidas apenas
35 mil unidades mensais.
PRODUÇÃO PRÓPRIA DE ELEMENTOS
Estas instalações estão preparadas
para a criação de elementos próprios
em plástico, graças à utilização de
uma linha de injecção, bem como
de elementos em cortiça, como o já
conhecido KF5 Bless Cork.
Na fábrica da IKI, em Coruche, podem
ainda ser produzidos telemóveis
de marca branca, especialmente
preparados para operadores
(ODM-OEM). Actualmente 95% da
produção da fábrica será destinada
à exportação,sendo a IKI Mobile uma
das marcas mais vendidas em Angola
e em Timor-Leste. G. Dias
A nova fábrica da IKI Mobile, na zona industrial
de Coruche, vai criar uma centena de pontos de
trabalho e produzir cem mil telemóveis por mês.
IKI Mobile inaugura primeira
fábrica de telemóveis
na Península Ibérica
POR RICARDO DURAND
POR GUSTAVO DIAS