PCGuia268-Maio-2018-opt

(NONE2021) #1
PCGUIA / 25

NESTE MOMENTO, O FOCO PRINCIPAL DO DESENVOLVIMENTO É BATER


A CONCORRÊNCIA NA CHEGADA AO MERCADO DOS EQUIPAMENTOS 5G.


que a marca está a desenvolver uma linha
de smartphones com ecrã flexível que
devem chegar ao mercado nos próximos
anos, talvez daqui a duas gerações: em
2020 ou 2021. Mas, neste momento, o foco
principal do desenvolvimento é bater a
concorrência na chegada ao mercado dos
equipamentos 5G: a Huawei já anunciou
que o primeiro equipamento para as novas
redes será posto à venda em 2019.Durante
esta viagem, ficámos também a perceber
um pouco mais sobre a organização
interna da empresa. Ao contrário de
outras tecnológicas, que normalmente
se centram à volta da visão de uma única
pessoa, seja ela um CEO eleito pelos
accionistas (como na Microsoft, Facebook
ou Oracle), na Huawei existem três CEO
que se vão sucedendo ao longo do tempo
para “refrescar” a estratégia da empresa.

TESTAR SMARTPHONES EM PEQUIM

Na segunda parte da nossa viagem pelo
“planeta Huawei” fomos aos laboratórios
onde são testados e certificados todos os
equipamentos da marca, com testes feitos
à componente mecânica e electrónica. Nos
primeiros, experimenta-se a resistência
do ecrã tanto ao toque como à queda, a
resistência à água, frio e calor, através
de câmaras especiais onde são simulados
particamente todos os tipos de condições
climatéricas sob as quais os telefones
podem ser utilizados. Nestas instalações
há ainda uma sala onde está uma caixa
de madeira cheia de telefones que estão
a tocar continuamente 24 horas por dia,
só para ver quanto tempo é que o sistema
de som aguenta. É esta uma das formas
que a Huawei usa para testar a resistência
dos altifalantes. Nos testes de electrónica,
os engenheiros olham, principalmente,

para o desempenho dos componentes
como as motherboards e baterias. Os
testes são feitos de forma contínua, em
bancos de testes, onde estão instalados
centenas de dispositivos ao mesmo tempo,
monitorizados remotamente a partir de
uma sala de controlo onde se consegue
saber logo quando uma unidade falha
e por a razão pela qual falha. Ainda no
campo da electrónica, há os testes às
antenas em câmaras isoladas para analisar
a forma como o sinal se propaga e como o
dispositivo o recebe em várias posições, e
com várias formas de o agarrar. Para tal,
existem vários tipos de modelos de mãos e
cabeças (que simulam a densidade do corpo
humano) que são colocadas dentro dessas
câmaras quando os telefones são testados.

DESAFIOS FUTUROS

No final da visita tivemos tempo de dar uma
vista de olhos à sala onde se analisam as
ameaças de segurança a que os dispositivos
podem estar sujeitos. Nessa sala trabalha
um conjunto de pessoas que parece tirado
de um episódio de Mr. Robot; aqui, num
grande ecrã instalado numa parede,
vêm-se as últimas ameaças detectadas e
as respectivas formas de ataque.A Huawei
chegou longe em relativamente pouco
tempo, mas a empresa tem à sua frente
muitos desafios, que começam pelas
dificuldades na entrada no mercado dos
EUA, através dos operadores locais. Esta
intenção tem sido vedada por suspeitas
dos serviços secretos americanos de que as
ligações dos fundadores ao exército chinês
indiciem que a empresa possa ser uma
espécie de ‘Cavalo de Tróia’ para “espiar”
comunicações ao mais lato nível ou mesmo
sabotar a infraestrutura do país liderado por
Donald Trump.

‘HUAWEI’ QUER DIZER ‘CONQUISTA DA CHINA’
OU ‘CONQUISTA CHINESA’.

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