CONTACT TRACING
Se há algo que levo como certo desta pandemia é que, além
de treinadores de bancada, estamos também infestados
(infectados) de médicos, especialistas clínicos e epidemio-
lógicos. Mesmo que as regras de acesso ao ensino superior
não sofram alterações, não mais precisaremos de aumentar
o número vagas para os cursos de medicina, porque é certo
que houve uma camada gigantesca da população que teve
formação médico-científica nos últimos anos e, até há pouco
mais de um mês, manteve isso em segredo.
Também vou parar de me preocupar com perspicuidade das
opiniões que aqui emito mês após mês há quase uma década.
Outra aprendizagem que levo é que entre os mui distintos
experts de Stanford, Harvard, Oxford e Cambridge não
há qualquer consenso generalizado e muitas vezes as
evidências científicas parecem estar em polos opostos.
Assim sendo, pouco nos resta que não irmos tirando as
nossas próprias conclusões e acreditar que em Portugal,
quem nos lidera se rege, pelo menos, pelas melhores
intenções. É assim que chegamos às apps de Contact
Tracing da COVID-19. A Comissão Europeia lançou,
a 8 de Abril, uma recomendação para a criação de uma
toolbox que sirva de modelo para o desenvolvimento de
aplicações móveis que possibilitem o rastreio da evolução
da pandemia através da identificação de infectados e que
dêem informação a quem com eles teve contacto.
A primeira reacção que todos temos é de choque
(e o frequente que ela agora tem sido). Ouvimos
relatos de como se faz a monitorização dos cidadãos
na “democracia” chinesa. De como os países
asiáticos como Singapura ou a Coreia do Sul fazem
a gestão das redes de transmissão com base a este
tipo de aplicações. Vemos que mais rapidamente são
implementadas em Estados como o Irão, a Turquia, etc.
O que parece certo é que também nós teremos uma app
para gerir a saída de quarentena e o regresso à normalidade
possível pré-vacina. E como funcionará essa app? Em
primeiro lugar, convém referir que o seu uso será voluntário.
Depois, que será desenvolvida (certificada) por entidades
oficiais e que o utilizador irá dar autorizações para ações/
funcionalidades específicas. A tecnologia utilizada será
Bluetooth (BLE) e os dois grandes fabricantes dos sistemas
operativos (Android e iOS) já se entenderam quanto às
normas de comunicação. Uma explicação exaustiva da
app seria alvo de um longo artigo, mas convirá agora
salientar que o objetivo será o utilizador ter conhecimento
se esteve em contacto com alguém infectado e as
autoridades de saúde dos Estados Membros poderem
partilhar informação respeitando sempre o anonimato,
privacidade e exclusividade de uso da informação.
Para uma leitura mais profunda do que será feito,
queira seguir este link: shorturl.at/vyzKX.
Keep Safe.
António Simplício
[email protected]
HÁ UMA APP
PARA TUDO
Se usar um serviço de entrega em casa, peça para
que a entrega seja deixada à porta; na altura do
pagamento opte por soluções digitais (como MBWay)
ou use cartões com tecnologia contactless.
A Glovo é uma plataforma
mais completa que a Uber
Eats, já que, às entregas de
comida, junta as encomendas
de artigos de supermercado,
farmácias e de outras lojas.
Na app há ainda o separador
#FicaEmCasa, onde as taxas
de entrega de restaurantes
aderentes, mais próximos de
si, são de apenas um euro
(o preço das taxas é variável,
podendo ir até aos 3,49 euros).
Glovo
GLOVO
Numa altura em que reina
o isolamento social, nada nos
impede de partilhar as nossas
preferências com os nossos
amigos, mesmo que seja
de forma remota. Com
a aplicação Rave, poderá
assistir a séries ou filmes da
Netflix com os seus amigos,
ver vídeos do YouTube, Vimeo
ou outros, bem como músicas
do Spotify, utilizando metade
do ecrã para partilhar
mensagens de texto ou voz
ao mesmo tempo.
Rave Inc.
RAVE
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