O VÍRUS ANDA AÍ.
E ESTA APP QUER AJUDAR
A SABER ONDE É QUE
ELE ESTÁ
O debate sobre o uso de aplicações para detectar
infectados pelo novo Coronavírus tem sido dominado por
alguma polémica, devido à privacidade das pessoas. Será
que a app portuguesa Stayaway pode ser a solução? Uma
equipa de investigadores do Instituto de Engenharia de
Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC
TEC) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do
Porto (ISPUP) anunciou o desenvolvimento de uma app
que permite um «rastreio rápido e anónimo» de infectados
pelo SARS-CoV-19. A Stayaway é de utilização voluntária
e, segundo as entidades envolvidas, é «não intrusiva, não
discriminatória» e garante a «privacidade e protecção de
dados dos utilizadores». Mas, então, como funciona esta
app portuguesa? Depois de instalado num smartphone
iOS ou Android (deve estar disponível no final de Maio),
a app usa a georreferenciação para detectar
a «proximidade física entre smartphones» e, assim, avisar
os utilizadores assim de que chegarem a um sítio onde,
nos últimos catorze dias, esteve alguém infectado com
o novo Coronavírus. Tudo isto depende, claro, da vontade
de uma pessoa infectada em instalar a app e aceitar
partilhar a sua condição: «Uma pessoa confirmada como
infectada com COVID-19 poderá publicar online, com
a legitimação das autoridades de saúde, os seus
identificadores anónimos que partilhou nos últimos
catorze dias». Só assim, é que a app consegue avisar
outras pessoas (que também a tenham instalada) de que
estiveram no mesmo local que um infectado com
o SARS-CoV-19. Quem não tiver COVID-19, apenas tem de
instalar a app no smartphone – não precisa de fazer mais
nada e só tem de esperar pelos alertas.
A fiabilidade de uma aplicação deste género está, claro,
dependente do número de utilizadores e da disposição de
um infectado com Coronavírus em partilhar a sua condição
na Stayaway – num caso ou no outro (de pessoas sem
a doença), a privacidade está assegurada: «Esta app
cumpre a legislação europeia e nacional de protecção de
dados», garante José Manuel Mendonça, presidente do
Conselho de Administração do INESC TEC e professor na
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
(FEUP). Juntamente com o INESC TEC e o ISPUP, o
desenvolvimento da aplicação de rastreio automático de
COVID-19 conta ainda com a ajuda do Minho Advanced
Computing Center (MACC, onde está o BOB, o supercom-
putador português), do Centro Nacional de Cibersegurança
(CNCS), da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) e da
iniciativa Nacional em Competências Digitais e.
(Portugal INCoDe.2030).SMART CITY SENSOR
APRESENTA SEMÁFORO
PARA PRAIAS COM
TECNOLOGIA DE RADAR
Ricardo DurandMADE IN PORTUGAL
4A proposta poderá ser uma das opções que iremos
encontrar nas praias portuguesas, a partir de Junho.
Segundo a Smart City Sensor, este torniquete virtual
não precisa de «autorização RGPD». RICARDO DURANDAs regras de acesso às praias
nacionais mudaram: o site Estamos
On já publicou as novas normas e as
entradas passam a ter de ser
controladas: aqui, pode ser usado um
sistema semelhante a um semáforo para
indicar a taxa de ocupação. Esta é a
proposta de «torniquete virtual com
semáforo luminoso» da empresa
nacional Smart City Sensor que usa
a tecnologia SCS Radar que consegue
medir a «entrada, saída e fluxo por hora
de pessoas» num determinado local- a empresa explica como funciona aqui.
SEMÁFORO PARA AS PRAIAS NÃO
PRECISA DE AUTORIZAÇÃO RGPD
Segundo a Smart City Sensor, este
torniquete virtual não precisa, por isso,
de «autorização RGPD». A taxa de
ocupação será definida, em cada praia,
pelas autoridades – depois, o sistema
avalia isso em tempo real. Depois,
tudo funciona como um semáforo
normal: uma luz vermelha significa
que a praia está totalmente preenchidae não permite a entrada de mais
pessoas (Proibido); um sinal laranja/
amarelo, significa que a praia estará
próxima da lotação máxima (Alerta);
caso esteja verde, podemos entrar
no areal (Livre).
«O sistema integra um back office para
visualização de dados em tempo real
e possibilita emitir alertas para entidades
Municipais ou Protecção Civil, quando
o limite máximo de acesso estiver a ser
excedido», garante a empresa.CONTAGEM DE PESSOAS
NAS PRAIAS É FEITA EM TEMPO REAL
E não será apenas em praias que
a solução da Smart City Sensor pode ser
usada: «Esta tecnologia será instalada
nas praias para supervisionar o acesso
das pessoas evitando aglomerados, mas
pode também ser utilizada em diversos
cenários, tais como feiras, mercados
e jardins. A contabilização será realizada
em tempo real, o que permitirá organizar
rapidamente os espaços monitorizados»,
explica a empresa.O torniquete virtual com semáforo luminoso é um «produto
tecnológico 100% nacional» e, segundo a Smart City Sensor,
está em «fase de aquisição por diversas entidades municipais».402 ON