AJUDANDO O INIMIGO
Enquanto, juntos, procuramos uma vacina ou uma imunidade
de grupo eficaz contra uma pandemia viral, um conjunto
alargado de bactérias continua a criar imunidade contra os
antibióticos que usamos para as combater. Estas, já intituladas
de superbactérias, estão a conseguir derrotar todos os nossos
antibióticos, não através do seu intelecto superior, mas
simplesmente pela sua evolução natural posta em prática.
A descoberta acidental, em 1928, da penicilina foi marcante
para a medicina. Fleming, apesar de não perceber o seu
funcionamento, conseguiu salvar milhares de vidas. A nossa
evolução tecnológica permitiu, entretanto, perceber e criar
versões mais potentes da penicilina e até antibióticos
de espectro alargado capazes de matar diversos tipos
de bactérias. Mas, basicamente, o uso da capacidade
de alguns fungos projectarem químicos que matam bactérias
tem sido o princípio único de combate a este tipo de infeções
nos últimos cem anos.
Surpreendentemente, um dos aliados mais improváveis que
as bactérias têm são os próprios humanos, através do uso
desastroso que fazem dos antibióticos ao seu dispor.
Alguns médicos e farmacêuticos ainda receitam
antibióticos a pacientes que não precisam deles ou sem
uma correcta identificação dos genes de resistência. Muitos
pacientes também deixam de tomar os antibióticos a partir
do momento em que se começam a sentir bem, não
levando a prescrição até ao final e permitindo que algumas
bactérias sobrevivam e criem resiliência. E até mesmo o uso
de antibióticos (com objectivo preventivo e em dosagem
desadequada) em animais destinados a alimentação humana,
permite ainda mais oportunidades de exposição inadequada
das bactérias aos nossos antibióticos.
Basicamente, estamos a vacinar as bactérias contra as armas
que descobrimos para as combater. E a velocidade a que
estamos a conseguir encontrar novos antibióticos é
significativamente menor que o volume de utilização que
estamos a fazer dos mesmos, especialmente em ambientes
hospitalares, onde muitas destas bactérias oportunistas
encontram sistemas imunitários fragilizados onde proliferam
com maior facilidade. Mas estas estirpes de bactérias
mais resistentes conseguem comprometer até mesmo
um sistema imunológico jovem e saudável.
A forma de evitar a próxima crise sanitária à escala global
pode simplesmente passar pela rotação de antibióticos
ao longo dos anos, proibindo globalmente o uso de alguns
por um período alargado, para debilitar as resistências
desenvolvidas pelas bactérias. Mas, para esta estratégia
resultar, teremos de trabalhar em uníssono e à escala global,
algo simples de fazer para um micro-organismo,
mas extremamente complexo para os seres humanos.
André Gonçalves
[email protected]
CONCEITO
HUMANOIDE
ATÉ 2040 A UBER QUER SER 100% VERDE:
TODAS AS VIAGENS SERÃO FEITAS
EM AUTOMÓVEIS ELÉCTRICOS
Dentro de vinte anos, a Uber quer ser uma plataforma de mobilidade com zero
emissões. A estratégia da aposta nos automóveis eléctricos por parte da Uber
tem um novo “episódio”: depois de ter anunciado que, a partir de Julho só
se poderiam registar este tipo de veículos em Lisboa, Porto, Braga e Faro,
a marca definiu outro objectivo.
«A Uber planeia tornar-se numa plataforma de mobilidade com zero emissões até
2040 sendo 100% das viagens a serem realizadas através de Veículos Zero
Emissões (VZE), transportes públicos e da micromobilidade», disse a empresa em
comunicado. Mais: nos próximos cinco anos, a Uber quer que «50% do total de
quilómetros percorridos em sete capitais europeias» sejam feitos em automóveis
eléctricos – Lisboa é uma destas cidades (com o Nissan Leaf e o Renault Zoe
a serem dos automóveis mais usados), a par de Amesterdão, Berlim, Bruxelas,
Londres, Madrid e Paris. O País foi mesmo o primeiro a receber uma nova categoria
de viagens Uber, em 2016, a Green, um serviço que a app quer ter em sessenta
cidades (actualmente está em 37) até final de 2021. R.D.
As Xbox Series X e Series S já podem
ser reservadas em diversas lojas.
NOVA GERAÇÃO DE CONSOLAS XBOX SERIES X E
SERIES S COM DIA DE LANÇAMENTO CONFIRMADO
A Xbox anunciou que as suas novas consolas de próxima geração: as Series X e Series
S ficam disponíveis a 10 de Novembro em todo o mundo. Os preços são de 299 euros
para a Xbox Series S (sem entrada de discos, apenas é compatível com download de
jogos) e de 499 euros para a Xbox Series X. A marca anunciou ainda uma parceria com
a Electronic Arts, que vai fazer com que vários jogos desta editora entrem nos
serviços Xbox Game Pass Ultimate e Game Pass para PC. Este acordo tem ainda um
bónus para os membros destes dois planos. Quem tiver o Xbox Game Pass Ultimate
tem direito a uma subscrição EA Play que pode ser usada na Xbox One, Xbox Series
X e S e em Windows; já os assinantes do Game Pass ficam apenas com o acesso ao EA
Play no Windows. Ambas são válidas a partir do final deste ano. R.D.
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