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NIU NQI GT (SPORT/PRO) DESDE €2999
RETORNO
RÁPIDO
Os faróis usam
lâmpadas LED, o
que permite boa
iluminação e baixo
consumo energético
Apesar de alguns
plásticos não
inspirarem grande
confiança, não
ouvimos qualquer
ruído parasita
N
o caso das scooters elétricas, a
diferença de preço na aquisição
relativamente às scooters tradi-
cionais costuma ser, em percentagem,
maior do que nos carros e os custos de
utilização das motos com motorização a
gasolina, sobretudo nos modelos de me-
nor cilindrada, é já muito baixa. Quando
conjugamos estes dois fatores, torna-se
difícil justificar economicamente a esco-
lha de uma scooter elétrica relativamente
a uma scooter equivalente com motor a
gasolina, a não ser em utilizações mais
intensivas.
INVESTIMENTO ACESSÍVEL
Mas, felizmente, a tecnologia tem evo-
luído e já começam a existir algumas
scooters que caem fora da regra geral
referida anteriormente. É o caso desta
NIU NQi GT, que tem um preço de venda
ao público pouco superior ao de algumas
‘125’ equivalentes. Pelo menos na versão
GT Sport, que custa menos €1000 que a
versão GT Pro (€3999). A diferença entre
estas duas versões está na bateria, ou
melhor, nas baterias. Enquanto a ver-
são Sport tem duas baterias de 26 Ah da
EVE, a versão Pro tem duas baterias de
35 Ah da Panasonic. Considerando os
nossos ensaios, a diferença só é visível
na autonomia.
Ou seja, na GT Sport, não se sente a
‘taxa’ extra associada às scooters elétri-
cas. Ora, se o preço de compra é similar,
mas os custos de utilização são mais bai-
xos, esta é uma elétrica que se justifica
economicamente para quem procura
uma solução de mobilidade urbana e su-
burbana. Uma opção apelativa para tanta
gente que não quer os custos associados
a usar o carro diariamente no percurso
casa-trabalho (combustível, estacio-
namento e tempo no trânsito), mas que
considera os transportes públicos uma
opção inviável.
DESEMPENHO SURPREENDENTE
Esta scooter anuncia uma potência con-
tínua de 3500 watts. Um valor que nos
deixou com as expetativas em baixo, até
porque já testámos algumas scooters de
potência similar que mostraram dificul-
dades em atingir velocidades acima dos
50 km/h em plano e em subidas mais
íngremes, sobretudo com condutor a
‘pendura’, acabam por não passar dos
30 ou mesmo dos 20 km/h. Mas o mo-
tor Bosch tipo hub (integrado na roda
traseira) deve ter potência real acima do
anunciado porque, em plano, facilmen-
te ultrapassamos a velocidade máxima
anunciada de 70 km/h. Em subidas mais
íngremes, a velocidade máxima pode
baixar para menos de 50 km/h, mas,
regra geral, conseguimos circular sempre
a um ritmo satisfatório e seguro. Não
é uma scooter recomendável para ser
usada em troços longos de autoestrada,
mas tem desempenho q.b. para, caso
seja necessário, usar este tipo de vias.
Mais ainda em hora de ponta, quando
as vias rápidas e autoestradas que dão
acesso às principais cidades do país estão
congestionadas.