todos os por vir, porque de fato, não há nada a se tornar
quando tudo já chegou, e não há nada a esperar quando o
tempo se desvanece, não há nada a ver quando o paraíso
branco ocupa todo o espaço, quando o paraíso branco lhe
mostra sua própria natureza e sua própria essência.
Silêncio
Então, o sopro da inspiração e da expiração estabiliza. Torna-
se zéphyr – brisa leve, imperceptível e ainda assim tão vasta.
O ritmo do seu coração, esquecendo a inexorável dualidade
do sofrimento e da alegria neste mundo, faz você descobrir e
viver a alegria sem objeto e, sobretudo, a alegria sem sujeito,
não dependente de nada e, sobretudo, de nenhuma
circunstância. Mesmo o sofrimento não pode parar o riso, e é
o riso que cura, o do milagre permanente, o do Amor
permanente quando nada pode faltar.
Cada um de vocês é convidado à mesma essencialidade e à
mesma realidade, seja o que for que digam e pensem sobre
isto, sejam quais forem as suas ideias ou as distâncias
aparentes, eu reafirmo para você, não há distância nem
separação, não há mais porta, não há montanha para escalar,
não há elemento para atravessar, exceto a vastidão do Amor,
e não dependente de nenhum mundo, e no entanto se
expressa no sonho deste mundo.
Assim você é perfeito, além de qualquer noção de perfeição,
além de qualquer análise e além de qualquer compreensão.
Por isso, me acolham na mesma reciprocidade, da mesma
forma que eu os acolho, o que quer que pensem e digam, o
que quer que concordem ou recusem, eu não faço diferença,