assim nós estamos em todos os lugares, cada um em todos os
lugares sendo todos lugares, para que nada possa ser
definido, para que nada possa ser limitado ou enquadrado,
para que a liberdade não possa ser definida de modo que a
liberdade não possa ser medida.
Silêncio
Estas são as palavras que você tinha para dizer a você
mesmo, estas são as palavras que ouviu, e elas não são
minhas nem suas, elas são as que fluem na dança do Amor,
no Fogo do Sagrado Coração. Não há mais mistério, não há
mais milagres, há simplesmente a beleza da perfeição, mesmo
naquilo que hoje é perecível e perece, para que a morte nunca
mais possa lhe agarrar, seja qual for o futuro deste corpo e de
seus pensamentos.
Silêncio
Onde eu estou, você está. Onde não há nada para se apegar,
nada para manter porque tudo é natural, porque tudo é
óbvio. As minhas palavras são acessíveis a você, seja agora
ou amanhã, porque estas palavras não conhecem o tempo,
porque estas palavras não são personificadas, porque estas
palavras não pertencem a ninguém. São muito mais do que
palavras, são a dança da vida e a dança do silêncio. Elas se
conjugam em todos os tempos, se desdobram em todos os
momentos através de cada um, com a mesma elegância e a
mesma verdade.
Então as minhas palavras ressoam no infinito da sua
conjugação, onde me acolheu e onde os acolhi, através de
cada um, através de cada sofrimento e de cada alegria, bem
como através de cada silêncio.