O ÚLTIMO
No que pode ser chamado, como além de qualquer nome, no
coração do coração, além de qualquer forma, como de
qualquer identidade ou história, você e eu estamos
abrangendo o espaço e o tempo, onde nada pode aparecer ou
mesmo desaparecer, na quietude do grande silêncio, em todas
as formas e em todos os mundos, eu sou o que você é, além
de toda identidade, atravessando o sonho, aí onde não há
implicação, onde não há limitação.
Eu convido você neste dia, em todos os momentos e neste
momento, além de todo o tempo que passa, a permanecer
onde você nunca esteve, onde existe apenas a plenitude que
não pode ser definida nem mesmo compreendida, onde
nenhuma história pode se desdobrar ou mesmo ser
contemplada, onde a alegria não precisa de apoio, nem de
compreensão, nem mesmo de aceitação. No espaço e no ar
que você vive, e em todo éter, a grande paz se desdobra
através de sua alegria e a alegria deste mundo, colocando fim
às aparências do sofrimento, assim como a tudo o que passa,
porque você nunca passou e nunca passará.
Na natureza do seu Eu eterno, a bênção se torna permanente
e incessante, onde toda a ação não é feita por você mesmo,
mas diretamente de si mesmo do coração do coração, onde
não há justificativa nem sequer explicação. Em meio a este
corpo transitório, se encontra o que nunca passará, e ainda
assim é a única verdade, e não depende de qualquer
condição, de qualquer quadro de referência.