Onde nada pode reter você, em uma postura ou posição
qualquer que seja, onde tudo que poderia ainda ser instável
encontra prumo, sem a necessidade de ser medido, sem a
necessidade de aplicar o nível mais baixo, sem qualquer
ferramenta, sem qualquer sentido.
Então o éter é revelado em sua brancura, então o éter se
desdobra até o infinito, nada pode escapar dele, nada quer
escapar dele porque seria loucura, enquanto o Amor é a
única loucura. Nada pode ser medido, nada pode ser
contado, nada pode ser decidido e nada mais pode aparecer.
Tudo é silencioso, todos os movimentos são imóveis, tudo foi
percorrido, tudo foi visto, tudo é vivido com a mesma graça,
com a mesma beleza, colocando fim a tudo o que falta, não
só em você, mas também no que você pensar, ou no que você
olhar, aqueles que você ama como aqueles que você pensa
não amar, porque é impossível fazer de outra maneira, senão
amar com a mesma igualdade, com a mesma intensidade,
cada consciência que sofre como cada consciência liberada.
A sua Luz ofusca tanto o erro como o sofrimento com a
mesma felicidade, com a mesma regularidade, onde não tem
nada para perguntar, onde não tem nada para tomar, mas
onde tudo é dado da mesma maneira como você se entregou,
então você é acolhido.
Ouça a dança do seu coração que acontece neste grande
silêncio.
Olha, onde não há nada para ouvir ou para entender. O que
você pode temer, o que você pode esperar senão o que já não
está aí em sua totalidade.