Onde os derradeiros véus de conveção, de adesão a qualquer
papel, seja social ou espiritual, lhes dê esta leveza que
nenhum mestre, nenhum deus e nenhum arquétipo pode
medir. Pois a perfeição se desdobra, colocando fim a
qualquer sentimento de imperfeição, injustiça ou mal-
entendido. É uma celebração a cada respiração, é uma
celebração de qualquer aparência.
Neste preciso momento, a celebração do Agapè se desenrola
com a majestade no coração de cada um que acolhe, sem
restrições e sem reticências, a beleza do desconhecido. A Luz
guia seus passos, a Luz guia seus pensamentos, a Luz
ilumina seus olhos. Uma Luz que não vem de lugar algum
senão de vocês mesmos, onde não há salvador, porque tudo
já está salvo, onde não há necessidade de palavras, porque o
silêncio envolve as vossas palavras no perfume e na essência
da verdade.
Nessa majestade, você não é nada neste mundo e ainda assim
você é também o todo deste mundo. Não vejo nenhum
paradoxo, mas simplesmente a mesma verdade. Não se
detenham por nenhum elemento deste mundo, assim como
por nenhum elemento do seu passado, porque não são nada
do que aconteceu, porque não são a consequência de nenhum
passado.
Assim é a liberdade do eterno momento presente,
conjugando com o seu Eu Eterno na mesma ronda de
felicidade, onde a bem-aventurança é ri da de qualquer
conveniência ou conformismo. Nenhuma convenção e
nenhuma insinuação pode ser mantida, trazendo clareza às
suas palavras onde as palavras se tornam o Verbo,
atualizando o Espírito em cada palavra proferida. Porque