No Eu Eterno, a sua presença e a sua ausência, do ser e do
não ser, se combinam na mesma sinfonia, declamando a
beleza do Amor. Nenhuma resistência, de qualquer origem,
pode ser mantida. O fogo do Amor, o fogo ígneo da graça,
percorre livremente este mundo, batendo a cada porta, a cada
coração, a cada reino e a cada acontecimento.
O advento da Luz na sua plenitude põe fim aos
acontecimentos para dar lugar a um grande silêncio.
Inúmeros sinais em você e em todo o mundo batem à sua
porta, para que não seja necessário abrir mais portas, pois
não há mais portas que possam permanecer fechadas.
Silêncio
O milagre do Amor se torna incessante. O milagre do Amor
se torna natural aqui mesmo, no meio das imagens deste
mundo, bem como de tudo o que foi escondido e ocultado,
lhes chamando mais uma vez, ao perdão e à graça, e não à
luta para reivindicar e agir por vocês mesmos.
A fidelidade à Luz que são é na verdade, apenas a fidelidade
a vocês mesmos, pois é perdoando que são perdoados e que
você percebe que, no final, do outro lado do último véu, nada
há para perdoar, porque tudo se realiza e o sonho desaparece
de sua percepções e de suas sequências.
O Céu se juntou à Terra e a Terra se junta ao Céu para
realizar o milagre de uma única coisa, na única consciência,
onde a fraternidade não depende de um reino, de uma
comunidade, de uma crença, mas se reconhece na mesma
Vida, nas suas várias manifestações e formas, nos seus vários
reinados presentes nesta Terra.