Q
uando, a 12 de março, os
jogadores do FC Porto
regressaram a casa após mais
um treino no Olival, estavam longe de
imaginar o que os esperava nos dois
meses seguintes. É verdade que a
Organização Mundial da Saúde tinha
decretado a covid-19 como pandemia na
véspera, que o grupo levava alguns dias a
cumprir medidas especiais de prevenção
da transmissão do SARS-CoV-2 e que
também já se sabia que o jogo com o
Famalicão, que se realizaria três dias
depois, seria disputado à porta fechada.
M
as ninguém contava que os
50 dias seguintes fossem
passados em casa e só
com trabalho individual. A 4 de maio,
quando o plantel regressou ao Centro
de Treinos e Formação Desportiva
PortoGaia, parecia que já se vivia
noutro mundo. Chegaram todos de
máscara, foram submetidos a exames
médicos e tiveram de ser divididos
em três grupos que treinavam
separados – uma restrição só
levantada duas semanas mais tarde.
E tudo
a covid
mudou
F
oi nestas
condições
tão diferentes
do habitual que
começou a ser
preparada a
retoma de uma
competição que de
normal só terá a
sempre insaciável
vontade de vencer
do FC Porto,
porque futebol
sem adeptos
nas bancadas
não é bem a
mesma coisa...
Sérgio Conceição
treinador de futebol
“O regresso ao Olival requer muita comunicação,
em especial com a área da logística, que é
essencial para que os jogadores recomecem
os trabalhos no espaço habitual de uma forma
natural, dentro desta diferença que vivemos.”
Guillem Cabestany
treinador de hóquei em patins
“É muito, muito bom voltar ao Dragão Arena, à pista, retomar o contacto com
os patins, o stick, a bola, e este será o primeiro ponto de viragem, o positivo.”