Era normal os cariocas serem
abordados por um poeta marginal, e
atécompraremumlivrodelespelaboa
conversa, ou apenas para que não
fossem mais atormentados, pois eles
eraminsistenteseassim,vendiammil
livrosrapidamente.
Muitos se perguntam do nome
literatura marginal. Ele se deu, pois
essesescritores,estavamàmargemde
umagrandeeditora,mudaramaforma
deseeditar,produzir evenderlivros.
Comotambém,ostemasealinguagem
abordados por eles,era algo quenão
era abordado pelos livros publicados
daépoca.
Ao observaresse fenômenoe a
conhecer o trabalho dessa “galera”, a
professoradeteoriacríticadacultura
daUFRJ,HeloísaBuarquedeHollanda,
hoje professora emérita, publicou a
antologia“ 26 poetashoje”,quetrouxe
a público o trabalho de alguns dos
jovenssetentistas.
Olivrocasoumuitapolêmicapor
trazer palavrões e por ser coloquial
demais aos críticos e eruditos da
época. Trazendo uma resposta aos
anos de chumbo da ditadura, hoje é
um livro de leitura quase que
obrigatóriaaosamantesdaboapoesia.
Entre os autores
participantes, estão dois atuais
membros da Academia Brasileira
deLetras:AntonioCarlosSecchine
Geraldo Eduardo Carneiro. Como
também, outros nomes que
merecem destaque são: Chacal,
RobertoPivaeTorquatoNeto.