Daria para imaginar livre-arbítrio sem esse mundo? E quem
iria valorizá-lo tanto? Será que o livre-arbítrio gostaria ou
aceitaria que seu mundo de sustentação acabasse? E ele teria
condição de impedir isso?
Então, um livre-arbítrio sem liberdade de escolha, quase sem
poderes, e tão dependente de um mundo mortal e
conturbado, certamente perde a significância lhe atribuída,
restando-lhe, no máximo, a crença de quem o inventou e o
mantém.
COMO NOMEAR O INOMEÁVEL
Por instinto de sobrevivência, principalmente, quase todas as
pessoas, em qualquer idade, em qualquer crença ou
descrença, em qualquer limite de dor ou pavor, em qualquer
reflexão ou introspecção, tendem a chamar o inominável de
Deus.
Contudo, para aqueles que já vivem o instante presente, que é
algo baseado apenas na realidade, naquilo que é, no eterno
acontecer... Aí, é o próprio inominável que se nomearia,
conforme às circunstâncias, sendo válido qualquer nome que
viesse a surgir, dado que proveria da própria Verdade.
Portanto, essa nomeação, que pode ser pessoal (1º§) ou
impessoal (2º§), poderia ter inumeráveis expressões, como
tão bem procuraram diversificar os intervenientes, por
exemplo.
É claro que o nomeador pode ser qualquer um, e o próprio
nome pode ser qualquer um, desde que tal manifestação, para