SISTEMA EXCRETOR
É uma doença neurológica, que compromete os mo-
vimentos do corpo, sendo o sintoma mais conhecido
a tremedeira. Segundo Dr. João Carlos Papaterra Li-
mongi, médico neurologista, professor na Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo e autor do
livro Conhecendo melhor a doença de Parkinson (Li-
mongi, João Carlos Papaterra; Plexus Editora, 2001,
164 p.), os sintomas da doença não são iguais para
todos os pacientes. Embora, entre todos, o tremor seja
o sinal mais frequente e que mais chama a atenção,
outros sintomas também podem surgir, como lentidão
dos movimentos, rigidez muscular e alterações na fala
e na escrita. Segundo Limongi, a redução do tamanho
da caligrafia é um dos principais sintomas da doen-
ça de Parkinson. Isso acontece por conta da acinesia,
que é a falta dos movimentos físicos, que são afeta-
dos com a doença. Ele explica que, no doente, alguns
circuitos motores passam a trabalhar de forma mais
lenta e não conseguem acompanhar o ritmo da pes-
soa normal. Assim, da mesma forma que os passos
ficam menores e a voz se torna monótona, acontece
a micrografia, ou seja, a diminuição da letra. “Um A
maiúsculo, por exemplo, que deveria quase alcançar
a linha de cima, chega só até a metade do caminho e
volta para a de baixo”, diz o especialista.
Tudo isso acontece, segundo o neurologista, porque
dentro do tronco encefálico, na região posterior do
cérebro, existem dois pequenos núcleos muito seg-
mentados, do tamanho de um caroço de azeitona,
chamados de substância negra, que contém muita
melanina – o mesmo pigmento que escurece a pele.
Essa melalina é responsável por fabricar dopamina,
uma substância química que funciona como neuro-
transmissor, essencial ao funcionamento do sistema
nervoso. Acontece que, nos pacientes com Parkinson,
essa substância negra fica atrófica, ou seja, mais cla-
ra e, com isso, não produz a dopamina, entrando em
processo de degeneração.
Atualmente, existem tratamentos modernos que
aliviam os sintomas e controlam a evolução
da doença, levando qualidade de vida aos
pacientes. O neurologista explica que,
ao descobrir que a doença é causada
pela falta de dopamina, o tratamento
farmacológico consiste em sua re-
posição. Mas, para que esse neu-
rotransmissor chegue ao cérebro,
a solução encontrada foi utilizar
seu precursor, a levodopa ou
L-Dopa. Esse tratamento, po-
rém, apenas neutraliza os sin-
tomas, mas não interfere na
evolução natural da doença.
Para isso, é usado um trata-
mento com neuroprotetor, que
faz com que as células parem
ou reduzam a degeneração.
Segundo o neurologista, atu-
almente existem centenas de
drogas que já foram ou estão
sendo estudadas com efeito po-
tencialmente neuroprotetor, mas
nenhuma, porém, tem comprova-
ção científica ainda. O importante é
que o tratamento seja iniciado no co-
meço da doença. Mas é aí que está o
perigo, pois, segundo o neurologista, os
primeiros sintomas da doença de Parkin-
son demoram a aparecer, então, quando o
paciente procura o médico, normalmente meta-
de de suas células já estão perdidas.
SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO
DOENÇA DE PARKINSON
Grupo Unico PDF Passe@diante