Clipping Banco Central (2021-03-10)

(Antfer) #1

Investidor vê mais risco fiscal com petista do que com presidente


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 10 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Júlia Moura


são paulo Para participantes do mercado financeiro, um
novo governo Luiz Inácio Lula da Silva representa um
maior risco à saúde fiscal do país do que a continuidade
de Jair Bolsonaro na Presidência. Pelo menos, neste
primeiro momento.


Como não está definido se Lida será mesmo candidato
em 2022, muito menos qual será sua plataforma de
governo e equipe econômica, analistas dizem que ainda
é cedo para avaliar qual candidato é preferível em
termos econômicos.


A aposta, por ora, é que o petista adotaria uma política
populista que levaria o país a um aumento de gastos
públicos.


Por outro lado, a continuidade do ministro Paulo
Guedes (Economia) no governo Bolsonaro traz uma
certa segurança entre investidores de que a
responsabilidade fiscal não será abandonada e o teto de
gastos continuará preservado.


"Por enquanto, o mercado não desembarcou do
governo Bolsonaro, especialmente por Guedes, que tem
as reformas no radar e passa muita confiança. Se o
ministro sair, mudam muito", diz Daniel Herrera, analista
da Toro Investimentos.

Segundo Herrera, se as reformas não andarem e se
novos nomes ao entorno de Guedes - como o
presidente do Banco do Brasil, André Brandão - saírem,
o apoio ao governo se esvai.

A agenda liberal de Bolsonaro está na corda bamba
desde que o presidente interferiu na Petrobras,
indicando o general Joaquim Silva e Lima para substituir
o amai presidente da empresa, Roberto Castello
Branco.

"Bolsonaro disse que não ia interferir na economia e não
foi isso que aconteceu. Já vimos que ele não é muito
adepto do liberalismo econômico. Bolsonaro por
Bolsonaro é complicado", diz Camila Abdelmalack,
economista-chefe da Veedha Investimentos.

Ela frisa, contudo, que atualmente insatisfação não é
flerte com governos passados.

No momento, Bolsonaro é a melhor opção [do que Lida],
sem dúvidas, pelo que precisa ser feito em termos de
agenda econômica. Ele é preferível a Lida desde que
mantenha uma equipe econômica que garanta
responsabilidade fiscal", afirma Camda.

Analistas não descartam, porém, a possibilidade de Lula
adotar um tom mais conciliador e de preocupação com
as contas públicas, como na eleição de 2002.

Em junho daquele ano, o petista se comprometeu com a
saúde fiscal do país por meio da Carta ao Povo
Brasdeiro, que mencionava reformas, queda na taxa de
juros, controle da inflação e recuperação da capacidade
de investimento público.

O documento acalmou os ânimos do mercado financeiro
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