LIVRO-EGÌDIO-E-BOOK

(EDITORA SHANTINILAYA) #1

Assim, usando a alegoria da árvore, observa-se o permanente
adubar das raízes (consciência pessoal), pelo acúmulo das
velhas cascas desprendidas do caule (sistema de crenças), pela
queda no quebrar dos galhos (apegos), pelo cair das folhas
(projetos), e pelo sazonal precipitar dos frutos (emoções).


Desse modo tem vivido a humanidade, ao longo de vidas e
vidas; tal como as árvores que sempre lançam suas sementes,
que espalhadas pelos ventos e pássaros, nunca deixam de
renascer.


Em determinado momento, contudo, surge em todo ser
humano, um cansaço por este estilo de vida. Ele percebe, por
exemplo, que os sistemas de crenças (caule), por melhores e
fortes que sejam, não resolvem; que a remoção de apegos
(galhos), não tem fim; que o suceder de projetos (folhas), não
tem limite; e que as próprias emoções (frutos), nem sempre
são de prazer.


Por fim, o ser humano percebe que a consciência pessoal (as
raízes da árvore), é exata e exclusivamente o único
responsável pela manutenção deste viver sem trégua. A partir
desse perceber, nada mais, senão o abandono à Luz (*), passa
a ser o que verdadeiramente importa; identificando tudo o
mais como distrações e meras tentativas de sobrevivência
egóica.




(*) Aliás, algo já inato nas Árvores.

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