Bem, é imenso o quanto nos resta, quando nos desven-
cilhamos de tais velhas coisas, pois mantê-las equivale a
fechar as mãos com muito pouco, determinando toda "sorte"
de limitações. Estas sobras abundantes são a tônica no dizer
de todos seres libertos.
É bem verdade que as perdas daquilo com que tanto nos
identificamos, praticamente nos deixa com um sentimento de
também nos perdermos juntos, e isto é algo aparentemente
muito grave, quase uma morte. Acontece que é somente e
justamente morrendo assim, que não é morte senão das
ilusões do ego, que se constata o milagre do verdadeiro viver.
A ÚNICA ETERNIDADE NESSE MUNDO
Exceto o que diz esse título, nada nesse mundo é eterno.
Nem a saúde nem a doença.
Nem a alegria nem a tristeza.
Nem a noite nem o dia.
Nem a chuva nem a seca.
Nem o barulho nem a calmaria.
Nem a tempestade nem o tempo bom.
Nem a vida nem a morte.
Apenas o que realmente somos é que é eterno neste mundo.