ponto de vista dos mais providenciais, onde toda tragicidade
perde seu sentido, restando apenas a alegria pela perspectiva
do dissolvimento da ilusão.
NOSSOS DOIS "EUS"
Existe o "eu" da matriz falsificada, cuja fonte é o corpo
causal/mental/psíquico. Este "eu", domina, ou é dominado,
sobretudo, no que tange às questões conceituais, tecnológicas
e a busca do ter. Este "eu" se relaciona basicamente pelas
aparências e convenções de valores, sobremodo, no que
concerne aos ditos padrões de moralidade, posse e beleza
exterior. Este “eu" é o depositário de todas as crenças,
tornando-o a maior crença que já existiu, aquela que parece a
mais palpável e real, mas que é o próprio cerne da ilusão.
Este "eu", é aquilo através do qual as pessoas se colocam no
palco da vida deste mundo. No seio do real Despertar, é este
o "eu" que primeiro é visto (quando menos se espera e nada
tendo a ver com qualquer ponto de vista).
Existe o "Eu Eterno", que é detectado juntamente com a
primeira visão que se tem do "eu pessoal". Contudo,
enquanto o "pseudo eu" é visto na sua inteireza fictícia, o
"Verdadeiro Eu" se pronuncia da forma mais tênue possível,
apenas não deixando dúvida de ser Ele que nos supre, nos
conduz, e que Ele é quem realmente faz o que achávamos
que éramos nós; até porque, claramente, percebemos que
nossa consciência não tinha nenhum contato com a realidade
de nenhum fato, pois nunca poderia passar de sua
mera projeção. À medida que o "falso eu" se dissolve,
decorrente da própria visão de realidade de si mesmo, o “Eu