LIVRO-EGÌDIO-E-BOOK

(EDITORA SHANTINILAYA) #1

O CÚMULO DA DUALIDADE


Já se falou demais da dualidade, a começar do famigerado
bem e o mal, passando pelo observador e a coisa observada, e
fechando o circo com o certo e o errado. Claro, a fala mais
exaustiva deste termo acontece principalmente no seio dos
sinceros buscadores da Luz, que é Unidade.


Como se sabe, a dualidade é o cerne da separação, é o cerne
dos opostos, o cerne das guerras, o cerne das tragédias, o
cerne do sofrimento, o cerne do pesadelo, o cerne deste
mundo falsificado.


A dualidade também se aplica a tudo que é dissociado, onde
se diz uma coisa e se faz outra, onde a aparência tenta
esconder a realidade, onde a simulação visa negar o fato,
onde a cabeça aponta para um lado e o coração para o outro.


Acontece, porém, que existe o Cúmulo da Dualidade, que é o
que menos se fala, embora seja o cerne da confusão e de
todas as mazelas. Aqui está se falando do aparecimento do
sujeito, o tal fictício, a presença que deveria está mais
ausente; tamanha a evidência do Único, da Vida Única, da
Verdade Única, do Único Caminho.


Então, este Cúmulo da Dualidade, de tão sem sentido, que
gera lutas sem cessar, é que nos faz, mesmo na condição de
Despertos, encontrar-se, não raro, sem saber se o caso é de
chorar ou é de sorrir.


Por isso, não é atoa que temos ouvido tanto que a Liberdade
é libertar-se do sujeito.

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