persistência de dualidade nos próprios clamores, algo que só
deixaria de existir no ato de renunciar-se, único modo de
estabelecimento do Único, com seu Eterno Presente.
SEM ALMA VERSUS COM ALMA (*)
Quando das primeiras vezes que esse assunto apareceu nas
mensagens, principalmente do Aïvanhov, onde foi
introduzido o termo "portais orgânicos", foi natural que
muitos vissem alguma estranheza naquilo. Acontece que essa
situação foi evoluindo ao ponto de hoje já se saber que a
humanidade está quase meio a meio nesta questão.
Contudo, um ponto que certamente porá por terra qualquer
estranheza quanto a isso, é quando entendemos que toda
pessoa desaparece quando acorda, pois ela é o próprio sonho.
Algo similar a isso, é o que acontece com a lagarta ao se
tornar borboleta, onde uma morre e a outra surge, como uma
mudança de estado de ser, onde o depois nada tem a ver com
o antes.
Diante disso, o que percebemos é que a real diferença entre
os sem alma e os com alma, é que os sem alma não acordam
e os com alma acordam. Algo como a lagarta sem crisálida e
com crisálida; ou seja, sem mudança de estado e com
mudança de estado. Mas, de qualquer modo, em ambos os
casos, o velho estado desaparece, tanto o da pessoa quanto o
da lagarta, com alma ou sem alma, com crisálida ou sem
crisálida.