PONTO DE VISTA PONTO DE VISTA / Comunidade Leitora / Comunidade Leitora
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por Márcio Scarpellini Vieira
Para
Abrir um livro e se perder em
suas páginas não é imagem muito
comum hoje em dia. E isso não
se dá apenas com alunos. Pais
e professores também não se
encantam mais como antes. O que
fazer, então, para a formação de
uma comunidade escolar leitora?
A
necessidade da formação de leito-
res no ambiente escolar é, cada vez
mais, premente na sociedade atual.
Hoje, observamos com pesar a crise
sistêmica a que estão submetidas as maiores
livrarias do País. Este é um sinal de que algo
de grave ocorre, para além dos sintomas em-
píricos que observamos cotidianamente, os
quais, aliás, serão abordados mais adiante.
O mercado literário nacional há tempos
apoia-se na venda de best-sellers da moda, ori-
ginais, leituras e releituras de séries novelescas
ou cinematográfi cas ou ainda (para desespero
de muitos) de estrelas juvenis da internet.
É consenso que o gosto pela leitura não é
algo que permeia a população brasileira em ge-
ral, e este consenso tem um lastro estatístico.
Segundo dados publicados na 4ª edição da pes-
quisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvi-
da pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê em
média 2,43 livros por ano. Mesmo analisando o
dado friamente, é notório o baixo índice de lei-
tura. E tal problemática é visível já na idade es-
colar; afi nal, é na escola onde aprendemos a ler
e onde temos os primeiros contatos sistemati-
zados com o livro, mas o problema também é
cultural e, portanto, geracional.
gostar
de ler
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