Newsletter Banco Central (2021-03-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Exame/Nacional - Capa
quinta-feira, 11 de março de 2021
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vantagem. Leva-se anos para coletar informações,
consolidar e interpretar esses dados”, diz Thiago
Alvarez, presidente do Guiabolso. No Gorila, que conta
com 400.000 clientes e cresceu quatro vezes em 2020,
era necessário firmar parcerias individuais com
corretoras para que os clientes pudessem ter as contas
integradas e realizar ordens pelo app. Com o open
banking, isso se tornará o padrão. “O impacto será
gigantesco. Não é um evento, mas um catalisador da
competição e de novos modelos de negócios”, diz
Guilherme Assis, cofundador e presidente.


A expectativa é de um futuro promissor. Para Albert
Morales, gerente-geral da Belvo, empresa que
desenvolve soluções de open banking para fintechs na
Espanha e na América Latina, há grande necessidade
de tratar e organizar os dados que virão com maior
fluidez depois que as portas forem abertas. “A
informação vem estruturada de um jeito complexo.
Precisa-se de modelos de machine learning, e nós já
estamos nessa etapa”, diz. A Belvo prevê que o open
finance movimentará 9,8 bilhões de dólares em 2022.


A atratividade é tão grande que empresas alteraram
modelos de negócios para se encaixar. Bruno Chan,
presidente da CrediGO, que nasceu como uma
concorrente do Guiabolso e acabou se dedicando a
realizar interações entre diferentes instituições
financeiras, espera uma pulverização do mercado. “Vai
aumentar a competição. É mais fácil entrar no jogo. Mas
também facilita nosso trabalho: as APIs são mais
estáveis e mais baratas. É um processo mais seguro.” A
demolição das paredes vem aí e é bem-vinda.


O futuro é cripto
Conheça cinco startups brasileiras que desenvolvem
soluções inovadoras em diferentes mercados com uma
das tecnologias que prometem maior impacto nos
negócios: o blockchain


MOSS


A fintech Moss é pioneira na negociação de créditos de
carbono para pessoas físicas. As trocas são feitas em
uma plataforma própria e em corretoras de criptoativos
que negociam o token MCO2. Após um ano em
operação, a Moss, que possui o maior estoque de
créditos de carbono do mundo, de 2 milhões de
toneladas, já ajudou a preservar aproximadamente 1
milhão de hectares de floresta, o equivalente à área de
países como a Jamaica ou o Líbano.

Com uso da tecnologia blockchain, a Moss permite que
pessoas físicas comprem créditos de carbono, seja
como investimento, seja para compensar sua pegada de
carbono. Em uma parceria com a corretora Mercado
Bitcoin, a plataforma movimentou, em um único dia, o
valor correspondente a 0,5% do volume anual global de
créditos de carbono.

ZRO BANK


Primeiro banco digital do Brasil baseado em tecnologia
blockchain e que permite ter contas em diferentes
moedas (real, dólar, euro e bitcoin), a startup Zro Bank
já soma mais de 150.000 downloads de seu aplicativo
em cinco meses de operação. Só no último trimestre, o
volume de operações na plataforma da startup cresceu
1.500%.

O banco digital oferece aos clientes uma conta que
permite fazer transações em real e bitcoin, e,
futuramente, também em ouro, dólar, euro e outros
criptoativos. O Zro Bank, sediado em Recife, também
oferece cartão de débito, conversão instantânea de
moedas, emissão de boletos e transferências bancárias.

A empresa, que tem uma equipe de 60 colaboradores,
pretende abrir uma rodada de captação de
investimentos em breve, com foco em sua expansão
fora do país. A internacionalização, já em andamento, é
conduzida pela consultoria Deloitte.
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