ECONOMIA - A recaída
Banco Central do Brasil
Revista Carta Capital/Nacional - Economia
quinta-feira, 11 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Selic
Clique aqui para abrir a imagem
Clique aqui para abrir a imagem
Clique aqui para abrir a imagem
Autor: Carlos Drummond
SERVIÇOS Responsável por 70% do PIB, o setor está
sem fôlego para enfrentar o recrudescimento da Covid-
19
A derrubada do PIB pelo setor de serviços no ano
passado mostrou a dependência fatal da economia do
País em relação a esse segmento, que representa 70%
da economia, mas é o de menor produtividade, o mais
vulnerável à Covid-19 e tem pela frente mais um ano de
baixo dinamismo. São crescentes os riscos de
fechamento em massa de pequenos estabelecimentos e
grandes perdas sob a pandemia em consequência da
redução do auxílio do governo, provável falta de vacinas
e aumento do desemprego. Não se trata, entretanto, de
um desfecho inevitável, mas do resultado de decisões
equivocadas em série, a exemplo da abertura
econômica indiscriminada dos anos 1990, que destruiu
boa parte do tecido industrial e dos seus empregos de
qualidade e inchou os serviços, em especial os mal
remunerados, indicam análises de economistas.
O setor de serviços inclui todas as atividades, exceto
agropecuária e indústria, desde saúde e educação
públicas até tecnologia da informação e, em grandes
proporções, trabalhadores e pequenos
estabelecimentos de inúmeros ramos que exigem
contato interpessoal e que, por esse motivo, são mais
vulneráveis à pandemia. O tombo de 7,8% no segmento
foi a principal causa da queda do PIB de 4,1% em 2020.
A indústria declinou 3,5% e a agropecuária avançou 2%.
“Há uma massa gigantesca de serviços pouco
qualificados, a exemplo daqueles que envolvem
alojamento e alimentação, historicamente
representativos da nossa heterogeneidade estrutural,
que nunca foi superada. Têm pequena produtividade,
baixos salários, elevada informalidade e parcelas
significativas de trabalhadores autônomos e pequenos