HÓQUEI EM PATINS #43
REVISTA DRAGÕES maio 2017
O campeonato já deu algumas voltas. Em algum
momento deixaram de acreditar na hipótese de
discutir este título?
Nunca deixámos de acreditar. Após a derrota em
Barcelos ficou complicado, mas agora voltamos a
depender de nós e sabemos que se ganharmos os
nossos jogos somos campeões. A fase mais difícil
do campeonato vai começar agora e é para isso que
estamos a trabalhar.
Bem vivos estão também na Taça de Portugal.
Ultrapassaram Sporting, Oeiras e segue-se agora
um teste de exigência máxima com a Oliveirense.
É outro teste máximo, que vai servir também para
medir o nosso momento para atacar a fase decisiva
do campeonato. Sendo um jogo a eliminar, vai servir
para mostrar o caráter da equipa.
Mas entretanto deu-se a eliminação da Liga
Europeia, nos penáltis. Como reagiu a equipa?
Nessa eliminatória fizemos um jogo pouco
conseguido em casa, mas pelo que fizemos lá, em
Reus, penso que merecíamos passar. Fica um sabor
agridoce, porque achamos que temos qualidade para
trazer a taça para o Porto. Chegando aos penáltis, não
acho que seja só sorte. É preciso saber marcar. Óbvio
que a sorte pode fazer a diferença, como foi o caso do
primeiro penálti deles, em que a bola ficou debaixo
do guarda-redes e acabou por entrar.
Tem 23 anos e poucos títulos por conquistar.
Consegue destacar um?
Na seleção só me falta o mundial de seniores, mas
sem dúvida que o título europeu, para já, foi o
máximo. Fugia sempre por muito pouco e sentíamos
que mais tarde ou mais cedo iria cair para nós. Depois
há o primeiro título de campeão nacional pelo FC
Porto, que, por ser com o meu clube do coração e
por ter sido conseguido com ídolos ao meu lado,
é também muito especial. Esse também vou levar
comigo para sempre.
Que sonhos tem por cumprir?
Falta-me o título mundial pela seleção e a Liga Europeia
pelo FC Porto, mas tenho a perfeita convicção de que
os vou conseguir. Tanto aqui como na seleção, há
qualidade mais do que suficiente para sonhar com isso,
mesmo sabendo que a competitividade é altíssima e
que teremos que estar a mil por cento para o conseguir.
Há um festejo que é a tua imagem de marca. Tem
algum significado especial?
Foi uma brincadeira que acabou por surgir e que
depois o Reinaldo Ventura acabou por fazer também
no Barcelos. Temos muito carinho um pelo outro e,
como já disse, aprendi muito com ele.
E o curso de Gestão ainda está a em cima da mesa?
Não continua. Desta vez não. Congelei a matrícula. Em
dois anos só tinha feito uma cadeira, porque não tinha
hipótese de me dedicar o suficiente. Em 20 exames
consegui ir a quatro e então decidi que o melhor era
parar para já. Mais tarde é para voltar, até porque a
minha família tem várias empresas e gostava de dar
continuidade a isso.
Para a equipa de hóquei em patins aproxima-se a fase do tudo ou nada.
Dois pontos é tudo quanto separa a liderança da Oliveirense do terceiro
lugar dos Dragões, com o Benfica pelo meio. Os quatro jogos seguintes,
três no mês de maio e um no início de junho, reservam aos Dragões as
decisões da Taça de Portugal e o frente a frente com os três principais
rivais no campeonato. Quatro triunfos significam a presença na “final four”
da Taça e a liderança do campeonato para as duas derradeiras jornadas.
TUDO OU NADA