Dragões - 201705

(PepeLegal) #1
REVISTA DRAGÕES maio 2017

ANDEBOL #46


São os dois centrais da equipa e também dois dos
jogadores mais jovens do plantel - Rui Silva acabou de
fazer 24 anos, Miguel Martins está a caminho dos 20.
Mas não é a idade que os impede de serem os líderes
em campo pela posição que ocupam. São eles quem
pensa o jogo, são eles que jogam e fazem jogar, são
eles que têm por missão encontrar os caminhos para
a baliza e deles depende muito o êxito de um ataque.

TEXTO: JOÃO QUEIROZ
FOTOS: ADOPTARFAMA


Numa adaptação mais ou menos
livre à linguagem do futebol, os
centrais seriam os jogadores do
meio-campo, os que transportam
a bola. São os criativos, os que
assumem a batuta do jogo, os
que criam as oportunidades
para os extremos (os pontas)
e para os pontas de lança (os
pivôs) chegarem ao golo. São
os comandantes, os maestros
da equipa. “A posição em que
jogamos, aquilo que nós gostamos
de fazer em campo, pressupõe
que sejamos líderes por natureza.
Temos que saber levar os nossos
companheiros na direção do
golo. Essa é a nossa tarefa mais

importante em jogo”, explica
Miguel Martins à DRAGÕES.
Liderar, saber lidar com o jogo, é o
que Ricardo Costa mais lhes pede,
conta-nos Rui Silva: “Como líderes,
temos que orientar a nossa equipa
da melhor forma, fazê-la jogar.
Muitas vezes, é mais importante
pormos os outros a jogar e fazer
uma assistência do que marcar. É
por aí que temos que pensar e que
ir para atingir o sucesso”. À luz da
anatomia, o central é como que
o cérebro da equipa, “aquele que
pensa em tudo, pelo colega do lado
e pela equipa em si, que tem que
saber manter a serenidade quando
é preciso procurar a melhor

situação no melhor momento.”
Os centrais são os responsáveis
pela construção e organização do
jogo ofensivo. Devem, portanto,
dominar os conceitos de tática e
técnica individual. Eles e os outros,
mas os jogadores da primeira
linha sabem que qualquer falha
a esse nível pode comprometer
seriamente o êxito do ataque. É
aqui que entra a tomada de decisão,
aspeto do jogo que é treinado desde

cedo, sublinha Miguel Martins:
“Tanto eu como o Rui começámos
com cinco anos, essas são questões
que aprendemos desde muito
cedo. Fomos formados para isso,
para saber decidir bem, porque
sabemos que uma má decisão
pode ser fatal. Mas a verdade é que
só falha quem lá está e, quer seja
uma boa ou má decisão, também
sabemos que temos o grupo para
nos apoiar”.

O poder


central


REVISTA DRAGÕES maio 2017

ANDEBOL #47


“A posição em que jogamos,
aquilo que nós gostamos de
fazer em campo, pressupõe que
sejamos líderes por natureza.”

Miguel Martins

“Como líderes, temos que orientar a nossa
equipa da melhor forma, fazê-la jogar. Muitas
vezes, é mais importante pormos os outros a
jogar e fazer uma assistência do que marcar.”

Rui Silva
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