Dragões - 201702-03

(PepeLegal) #1

REVISTA DRAGÕES fevereiro/março 2017


TEMA DE CAPA #


Alguma vez imaginou ser possível começar
da forma que começou no FC Porto?
Nunca imaginei que a minha história aqui
começasse assim. Estou muito feliz por ter
começado tão bem e espero continuar a fazer
bons jogos e a ajudar o FC Porto.

O que lhe passou pela cabeça no momento
em que soube que ia ser titular contra o
Sporting?
Confesso que fiquei um pouco nervoso, mas
quando subi ao relvado e ouvi aquele barulho
todo dos nossos adeptos, o nervosismo
desapareceu. Foquei-me naquilo que tinha
de fazer e fui muito feliz por ter conseguido
marcar dois golos na minha estreia.

Qual foi a sensação de decidir um clássico no
jogo de estreia e logo num Estádio do Dragão
cheio?
No primeiro golo, nem sabia se havia de
comemorar, se corria ou se chorava. Foi
realmente uma emoção muito grande e quase
nem tenho palavras para a descrever. Esses
dois golos vão ficar para sempre marcados em
mim, mas mais importante do que esses golos
foi a garra e a atitude da equipa. A nossa união
foi essencial para essa vitória.

O que lhe disseram os colegas no final desse
jogo?
Antes do jogo eles já me tinham dado força e
desejaram-me boa sorte. No final, deram-me
os parabéns e eu agradeci a todos, em especial
ao Iker, pela grande defesa que fez já perto
do fim. Eles agradeceram-me e eu agradeci-
lhes, porque sem eles os meus golos não
teriam valido de nada. É um grupo humilde e
maravilhoso, do qual tenho um grande orgulho
em fazer parte.

Como foi marcar em Guimarães?
Foi estranho, porque duas semanas antes
daquele jogo eu estava a defender as cores
do Vitória de Guimarães. Como já disse, vivo
sempre o clube no qual jogo e quando entro em
campo procuro dar tudo para o defender. Fui
feliz em fazer o golo e não festejei por respeito
ao Vitória de Guimarães e aos seus adeptos.

A união e amizade do grupo é algo
constantemente realçado pelos jogadores.
Foi esse o balneário que encontrou quando
chegou?
Sem dúvida. Quando se muda de clube, dá-
se muita importância ao ambiente que se
encontra no balneário. No nosso, toda a gente
se dá bem e todos brincam uns com os outros.
Somos unidos até no simples facto de subirmos
todos juntos para o relvado antes do treino.
Existe uma grande união entre todos e isso é
muito importante numa equipa.

Também por aí se explica que se tenha
adaptado tão bem e tão rapidamente?
Com certeza. Como costumo dizer, sou um
cara de grupo. Cheguei um pouco tímido e
envergonhado, mas o grupo recebeu-me de
braços abertos e toda a gente é nota 10.

Que coisas lhe pede o treinador?
Ele é muito exigente nos treinos e está sempre
a puxar por nós. Procuro ter sempre na minha
cabeça tudo o que ele me pede nos treinos e
transportar isso para os jogos. Essencialmente,
pede-me para ajudar a equipa e dar o meu
máximo. Não me pede golos, porque um
avançado não vive só de golos.

O Soares já sabe, ou já sabia mesmo antes de
chegar, o que é um jogador à Porto?
Já tinha ouvido essa expressão. Antes de assinar
pelo FC Porto, já me tinham dito que aqui só se
baixa a cabeça para beijar o símbolo. Identifico-
me com o clube pela minha forma de estar e de
jogar e vou dar sempre tudo pelo FC Porto.

Sente-se um jogador à Porto?
Agora sim, sinto-me um jogador à Porto. Ouvia
falar de como é um jogador à Porto e sinto que

“Fiquei várias noites sem dormir quando soube da


possibilidade de vir para o FC Porto. Queria sentir


este prazer de jogar num clube com esta grandeza.”


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