de parte do legado dos maias, dos seus antecessores e descendentes, como os
pipiles – originários do próprio país –, foi coberta pelas lavas dos vários vulcões
arraigados na região.
Além da falta de dinheiro para escavações, os terremotos que assolaram
opaís têm dificultado ainda mais os trabalhos de recuperação da civilização
maia. Dos sítios recuperados, os mais importantes são o Joya de Ceren — o
único até agora decretado Patrimônio da Humanidade pela Unesco —, o San
Andrés e o Tazumal.
Entre esses dois sítios, um praticamente complementa o outro, embora
datem de épocas distintas. Joya de Ceren, a apenas 40 quilômetros da capital
San Salvador, é uma aldeia onde é possível ter uma ideia de como viviam os
maias. Há casas com utensílios domésticos usados na cozinha, camas esculpi-
das em rochas e até mesmo uma sauna.
A aldeia foi soterrada por lavas vulcânicas há cerca de 1,4 mil anos. Por
isso é chamada de “Pompeia da América”. Acredita-se que os moradores
tiveram tempo de escapar das cinzas, pois não foram encontrados vestí-
gios de pessoas.
Para os turistas que querem conhecer parte desse rico tesouro histórico,
a pirâmide de San Andrés, no vale de Zapotitán, fica a apenas dez minutos
de Joya de Ceren. Teria sido habitada por cerca de 12 mil pessoas e era con-
siderada área de comércio e lazer. Há uma arena onde se jogava uma espécie
de basquete, com bolas que eram arremessadas em aros esculpidos nas pedras
das paredes.
A 80 quilômetros da capital, na cidade de Chalchuapa, fica o Tazumal,
onde provavelmente os antepassados realizavam ritos religiosos. Do alto de
uma pirâmide de 23 metros era possível avistar todo o vale, as plantações
e as vilas próximas. Teve as escadarias interditadas ao público por causa da
deterioração.
Nota-se em toda a pirâmide rachaduras provocadas pelo tempo e princi-
palmente pelos terremotos. Apesar de sua importância, quem já visitou áreas
arqueológicas como Chichén-Itza, no México, talvez fique um pouco decep-
cionado, pois os sítios salvadorenhos são de pequeno porte e não se leva mais
do que duas horas para uma visita completa, incluindo os museus. Por outro
lado, devido ao tamanho de seu território, o acesso a qualquer região é fácil e
rápido, o que possibilita a visita a várias atrações num mesmo dia. O melhor é
recorrer a uma agência turística para fazer os passeios de carro, pois o transporte
público não é muito eficiente.
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