Mesmo depois do casamento,
situaçõescomoaquelacontinuarama
serepetireArlenepassouasesentir
culpada, pensava que eram suas
próprias “crises de ciúmes” que
estragavamorelacionamento.
As estratégias de
desvalorização que ele usava,
minavamsuaautoestimaeelajánão
sabiamaisquemrealmenteera,havia
se transformado numa mulher
ciumenta, descontrolada? Passou a
acreditarquesim.
Umdia,euestavanavegandona
internet quandoencontrei umartigo
que falava sobre homens
manipuladores e descrevia muitas
situações que Arlene vivia. Enviei
paraela.
Ali contava, detalhadamente,
como uma mente manipuladora
espera pelo momento certo para
exercersuamanipulação.Pareciaaté
quesebasearamnomaridodeminha
amigaparaescrever. Paramim,aoler
o artigo, o “príncipe” tinha virado
sapo,masparaArlenenão,“elenãoé
sempre assim”, ela me disse. E a
relação ia sendo mantida por ela a
quepreço...
Emalgunsmomentos,opróprio
marido se cansava de tanta
manipulação e resolvia descartar a
relação, mas tomavao cuidadopara
parecerqueadecisãoeradela,assim
poderiaretornarquandoquisesse.
Nesses períodos de
afastamento, ela voltava à casa dos
paisenósconversávamosmuito.Era
exatamente o que tinha acontecido
nestasemana,Arlenetinhaaparecido
mais deprimida do que nunca, com
umamarcaroxanorosto,masnossa
conversaficouparaofinaldesemana.