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(Oficina dos Filmes) #1

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POLICIAL 1: Aí rapaziada, esse aqui é o Rafinha. Já aliviei muitas
ocorrências pra esse sacizeiro do caralho.

POLICIAL 2: Dá logo a fita aí. O que está rolando? De uns tempos
pra cá, o pessoal do bairro aí ao lado tá reclamando que os
assaltos aumentaram por lá.

RAFINHA: Qual foi, mano? Tô sabendo de nada não. Nóis aqui da
quebrada tem nada a ver com essa porra não.

Um dos policiais desfere um violento tapa na cara de Rafinha.

POLICIAL 3: Tá me tirando é? Tá me achando com cara de otário,
seu filho da puta? Vamos lá. Vomita a porra toda ou vou jogar nos
seus peito essa parada aí.

RAFINHA: Desculpa aí, Dôtô, foi mal. Tô lembrando agora. Desde
que um maluco chegou aí na quebrada que esses assalto lá
na granfinada começou, tá ligado? Ele tava em cana antes de
aparecer aqui.

POLICIAL 1: Assim que eu gosto, menino bom. Diz aí onde esse
malandro se esconde.

RAFINHA: Ele tá morando num barraco nos fundos do bar de seu
João.

CENA 20 ∙ EXT. ∙ FAVELA ∙ NOITE

O HOMEM caminha para casa. Existe um clima estranho no ar. As
ruas estão vazias. Todos os estabelecimentos estão fechados. Ele olha
para todos os lugares e vê que estão fechados. O HOMEM entra em
seu barraco.

CENA 21 ∙ EXT. ∙ BARRACO ∙ MADRUGADA

Dois carros chegam e estacionam. Deles descem oito homens
encapuzados e fortemente armados. Cachorros latem. Eles cercam o
barraco.
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