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PROFESSORA: O que tá acontecendo? Ei! O que você faz com o
meu telefone na mão?
A professora se aproxima de Akin. Quando ela vai pegar o celular, é
pega de surpresa com uma cadeirada de Gabriel. Ela cai no chão e
fica desacordada.
AKIN: Meu Deus!
Eles ficam em silêncio um olhando para o outro. Lentamente, Pedro
se abaixa para verificar como está a professora.
PEDRO: Fudeu! Ela morreu.
LÉO: Tá amarrado, meu Deus. Repreende, meu pai. Faz essa
mulher reviver igual aquele cara lá... Lázaro.
PEDRO: O Lázaro Ramos?
LÉO: Você não fez catequese não? Capeta.
Akin bate com as mãos em cima da mesa.
AKIN: Calma, gente. Isso pode ser um sinal.
GABRIEL: Era meu braço ou ela... e foi ela.
LÉO: Véi, eu não tô acreditando que a gente matou ela.
PEDRO: Vou tentar boca a boca.
AKIN: Não, véi. A gente precisa pensar melhor. E você nem sabe beijar.
PEDRO: Sua mãe não reclamou ontem, né?
Akin dá um tapa na nuca de Pedro.
GABRIEL: Sejamos racionais. Se ela descobrisse o que a gente fez,
ela iria fuder com a vida da gente.
LÉO: O intervalo vai tocar daqui a pouco. Só uma abdução pra
salvar a gente dessa.
PEDRO: O primo do meu primo tem um amigo que é amigo de um
cara que conhece um outro cara que tem o número de um homem
que desova gente morta.