Aero Magazine - Edição 302 (2019-07)

(Antfer) #1

MAGAZINE 302 | (^75)
rencialmente, o EMAS precisa
ser de fácil e rápida instalação e
manutenção e com duração de
aproximadamente 20 anos.
O EMAS é feito de concreto
celular espumoso e instalado na
RESA. As pesquisas e o desenvol-
vimento desse tipo de material
ocorreram com testes laborato-
riais e em escala real. O programa
de testes utilizou um trem de
pouso de aeronave montado em
um veículo especial, simulando
mesmos peso e velocidade de uma
aeronave durante a saída de pista.
Os dados coletados na unidade de
teste foram utilizados para validar
uma modelagem computacional
de alto desempenho e, posterior-
mente, utilizada para simular vá-
rios cenários. Ocorreram também
testes com aeronaves.
AERONAVE CRÍTICA
Para instalação do EMAS, é
preciso se considerar vários parâ-
metros da frota de aeronaves que
opera no aeródromo (flight-mix),
especialmente a aeronave crítica.
Entende-se por aeronave crítica
a que demanda os maiores requi-
sitos em termos de configuração
de suas características físicas e
operacionais, inclusive cargas ad-
missíveis, configuração dos trens
de pousos, pressão de contato
dos pneus, centro de gravidade e
velocidade da aeronave.
Em fevereiro de 1984, houve
um overrun com DC10-30 da
empresa SAS na pista 04 R do
aeroporto JFK de Nova York, resul-
tando em lesões a pessoas e danos
consideráveis na aeronave. No mes-
mo ano, a FAA e a Força Aérea dos
Estados Unidos (Usaf ) já conside-
ravam viabilizar o desenvolvimento
do sistema de parada. Hoje existem
mais de 100 pistas equipadas com
EMAS em cerca de 70 aeroportos
de todo mundo, sendo que a sua
grande maioria se localiza nos
Estados Unidos e na Europa. No
Brasil, nenhum aeroporto conta
com esse método de parada.
Paulo Licati é comandante
de Boeing 737
Fonte: Icao Anexo
14
(2016,
ATT A-15)
240m
(Recomendado)
240m
(Recomendado)
Duas vezes a
largura da pista
Faixadepista
Faixadepista
Pista
90m 90m
60m 60m
RECOMENDAÇÕES
Por meio de um briefing leaflet
emitido em 09 de novembro de 2017,
a Federação Internacional das Associações de Pilotos
de Linha Aérea, a Ifalpa, esclareceu que não provê
procedimentos aos operadores, mas deixa como guia
algumas recomendações de como proceder em caso de
saída de pista com o EMAS instalado.
Antes de decolar ou pousar, os pilotos devem estar
cientes da presença do EMAS. Para determinar se a pista que
irão utilizar está equipada com o sistema de parada, devem
rever tanto a carta do aeródromo como outras informações
disponibilizadas pelas autoridades aeronáuticas.
Durante a fase de decolagem ou pouso, se um piloto
julgar que a aeronave sairá do final da pista e entrará no
EMAS, as seguintes orientações devem ser seguidas:



  1. Continue adesaceleração
    Independentemente da velocidade da aeronave ao sair
    da pista, continue seguindo os procedimentos de reject
    takeoff, ou de pouso, utilizando os procedimentos de
    frenagem máxima descritos no manual de voo.

  2. Mantenha a linha central da pista
    Não virar para a esquerda ou direita do EMAS,
    continuar em frente irá maximizar a capacidade de parar.
    A qualidade da desaceleração será melhor dentro dos
    limites do EMAS.

  3. Mantenha a desaceleração da aeronave
    O detentor é um sistema passivo, então esta
    é a única ação requerida pelo piloto.

  4. Após a parada da aeronave
    Não tente taxiar ou mover a aeronave,
    a aeronave precisará ser rebocada.

  5. Evacuação
    Siga os procedimentos do seu operador
    ao tomar qualquer decisão de evacuação.
    Duas vezes a
    largura da pista

Free download pdf