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MfO loulé
De palco em palco
A cumprir 15 anos, o festival mantém-se fiel à premissa inicial: trazer o
mundo até Loulé, para mostrar Loulé ao mundo
Quando surgiu, em 200 4 ,
. no âmbito do programa
Loulé, Cidade Anfitriã do
Campeonato da Europa de
Futebol, organi zad o, nesse
. ano, em Portugal, era pouco
mais do que um corpo estranho no
calendário nacional dos grandes
festivais de música. À exceção d o já
histórico Músicas do Mundo, em Si nes,
não havia muitos mais eventos
dedicados ao filão da world music.
Passados 15 anos, a excentr icidade
inicial tornou-se par te do mainstream
e o festival MED é, há m ui to, uma
referência, até a nível europeu , pelo
modo como a música se casa com o
património, a gastronomia, a cidad e
e toda uma região, sempre numa
perspetiva de descoberta d e parte a
parte. Como habitualmente, a ação
desenvolve-se ao longo de três d ias
que transformam o cent ro histó rico
~
desta milenar cidad e algarvia num
imen so palc o - ou melho r, e m quatro :
do Chafariz, d a Cerca, da Igreja Matriz
e d o Castelo. E todos eles têm o
estatuto d e palco principal. H á muitos
concertos em simultâneo, tornando
d ifícil a escolha m as, ao m esm o tem po,
desafiando o público a deambular à
d escoberta -d a música e muito mais.
Entre os artistas presentes na edição
deste ano d estacam -se, entre ou tros,
nom es com o os d e Diab o na Cruz, a
dupla Cam a né e Mário Laginha, Júlio
Pereira e os cabo-verdianos
Os Tubarões (nesta quinta-feira, 27);
Gisela João, Selma Uamusse, Dead
Comba, Már cia ou os brasileiros
Marcelo D2 e Fran cisco El Ho mbre
(sexta, 28); e ainda Cais d o Sod ré Funk
Connection , DJ Riot, D ino d 'Santiago,
Ricardo Ribeiro, a guineense Eneida
Marta e os m exi canos Los de Abajo
(no sábad o, 29). l ll M.J.
Centro Histórico de Loulé > 27- 29 j un, q ui-sáb 20 h > €12 a € 30 (passe)
118 V I SÃ O 2 7 J U N H O 2 O 1 9
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Vieira o a ~ilva. tx~osi~ão
lmersiva à O ora o a· Artista
lisooa
Dois especialistas em
vídeo mapping e em
efeitos especiais, Oskar
& Gaspar, criaram uma
inusitada porta de entrada
no mundo geométrico
da obra de Maria Helena
Vieira da Silva: uma
exposição imersiva
assente em animações e
ilusões de ótica, matéria
rente à espetacularidade,
habitualmente usada
em eventos de grande
escala como concertos
ou projeções em
fachadas monument ais.
Com estas técnicas
Lúdicas desdobram-se,
desconstroem-se e
amplificam-se quadros
reconhecíveis da pintora
portuguesa (naturalizada
francesa em 1956) como
Atelier Lisbonne (1934-
-1935) ou La Fête à Tanagra
(1953). Neste museu
temporário, criado pela
plataforma KWY.studio
para a praça central do
Centro Comercial Colombo,
um octógono branco com
banda sonora entregue
à curadoria de Rodrigo
Leão, estão 35 obras para
experimentar, mais do
que contemplar. E que
incluem tanto as célebres
composições abstratas
e coloridas (facilmente
traduzidas em jogos
de perspetiva em que o
observador é atraído para
dentro do quadro) como
outros registos menos
óbvios da artista. Esta é a
nona proposta do programa
democratizante A Arte
Chega ao Colombo, que
assim celebra os 25 anos
de abertura ao público do
Museu Arpad Szenes-Vieira
da Silva, em Lisboa. l ll s.s.c.
~
Centro Comercial Colombo
> Av. Lusíada, Lisboa >
T. 21 7113600 > 27 jun-26 ago, seg-
dom 9h-00h > grát is