isso seja algo que talvez eu não devesse admitir, eu não consigo
não estar animado com a nossa segunda tentativa. Animado com
a gente.
Eu afasto meus sentimentos confusos e desacelero quando
passo pela porta da frente e entro na cozinha. Os filés ainda
estão intactos na mesa, minha mãe casualmente inclinada no
balcão como se ela não tivesse chegado em casa três horas
antes para dar uma olhada em Marley.
— Tudo certo? — Minha mãe pergunta.
— Sim — respondo, enchendo um copo com água e dando
um gole rápido. — Tudo bem. — Eu consigo sentir os olhos dela
em mim, querendo saber mais. — Talvez — eu começo a dizer e
ela se anima, ansiosa por mais informação. — Talvez você possa
me prometer que vai realmente trabalhar até tarde da próxima
vez? Em vez de, você sabe, estragar meus planos.
Ela me dá um sorriso culpado antes de concordar.
— Está com fome? — Eu aponto para os pratos intocados.
Ela ri, pegando-os para esquentar.
— Morta de fome. Estava de olho neles desde que você saiu.
Nós mal começamos a comer quando ouvimos uma batida na
porta dos fundos. Nós olhamos na direção dela e as dobradiças
já estão rangendo com a entrada de Sam, um sorriso largo e um
engradado de cerveja na mão.
Bosta.
Sam sabe que minha mãe normalmente trabalha até tarde
nas sextas, mas ele não aparece assim desde antes do acidente.
— Ei — ele diz, erguendo o engradado. — Achei que a gente
podia passar um tempo juntos.
Eu faço gestos frenéticos para que ele esconda as cervejas,
mas é tarde demais. Seus olhos arregalam imediatamente
quando vê minha mãe e ele tenta esconder as cervejas atrás do
corpo, mas nada passa desapercebido por Lydia Lafferty.
Ela se levanta e tira as cervejas da mão dele, agarrando o
engradado junto ao peito.
— Que educado, Sam! Como você sabia que eu adoro uma
boa IPA?
car0l
(CAR0L)
#1