razão.
— Eu vou — digo enquanto ela desce os degraus e passa
pelo gramado da frente, virando-se para me dar um pequeno
aceno antes de desaparecer completamente em uma curva.
Eu fico parado na varanda por um tempo depois que ela sai,
ainda sentido essa energia apesar de já ter perdido ela de vista.
Eu sinto um calafrio, a noite fria de outono arrepia os pelos dos
meus braços, mas eu não quero me mover. Eu não quero que
esse sentimento desapareça.
Pouco depois, luzes aparecem na entrada. O carro da minha
mãe desacelera até parar e, então, a porta do carro se abre. Ela
sai, me dando uma olhada antes de voltar para pegar sua bolsa.
— Você parece feliz — ela diz quando chega aos degraus.
E ela está certa. Eu estou.
car0l
(CAR0L)
#1