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No dia seguinte, Sam dá uma passada aqui de tarde e nós
dois vamos passear juntos pelo pátio. Os passos dele,
normalmente longos, são curtos, e assim ele acompanha meu
ritmo vacilante enquanto seguimos devagar na direção do
carvalho.
Eu paro, tiro uma foto da rosa amarela e acrescento um “oi”
antes de enviar para Marley.
— Ah, cara, você está perdido.
Eu sorrio e dou de ombros.
— Eu que estou? E você não?
Mas Sam não morde a isca. Em vez disso, ele finge estar
segurando um celular e imita minha pose de selfie.
Eu o empurro de brincadeira e meu celular vibra alto no meu
bolso. Eu o pego, atendo a ligação e fico desviando de Sam que
está tentando pegar meu telefone.
— Alô. Oi. Ei — eu digo enquanto tento afastá-lo. — O que
você está fazendo?
— Eu estou no parque — Marley diz com sua voz suave. —
Brincando com a Georgia.
— Posso ver? — Eu pergunto, dando uma cotovelada em
Sam antes que ele tenha a chance de dizer alguma bobagem
para Marley.
— Hum... — ela diz, hesitante.
— Tudo bem. Não precisa...