GUIA EM SEXUALIDADE E DIVERSIDADE DE GÊNERO

(Amanda Madureira) #1
Mit sobr  penetraçã vagina

Você não é realmente lésbica, se gosta de ser penetrada.

Mãos e dedos são bons para as preliminares, mas,sem um pênis, não é sexo.

Se eu gosto de penetração, eu deveria ir atrásde homens.

Mulheres que usam straps ou dildos querem ser homem.

Se você gosta de ser penetrada, você é passiva.

Mulheres que gostam de penetração são bi ou heterossexuais.

Tradução livre e adaptado de NEWMAN, Felice. The wholelesbian sex book: A Passionate Guide For All Of Us.San
Francisco: Cleis Press Inc, [1999 ou 2004]. 451 p.ISBN 978-1-57344527-6.

Segundo o estudo SWASH, da Universidade de Sydney, a prática de sexo
envolvendo mãos e genitais é a mais comum entre as mulheres que fazem sexo com
mulheres.Amaioriadelastambémpraticavasexooral, e64%utilizavamalgumbrinquedo
sexual. A prática de sexo anal foi menos comum (MOONEY-SOMERSet al, 2017).
Nosexoentremulheres,assume-sequeháummenorriscodecontrairISTsquando
comparadoamulheresheterosexuais.Noentanto,tricomoníase,herpesgenitaleverrugas
genitaisforamdiagnosticadasemmulheressemhistóricosexualcomhomens.Alémdisso,a
vaginosebacterianaémaisfrequentementediagnosticadaemmulhereslésbicasdoqueem
mulheresheterossexuais. Essapatologiaéumacondiçãoquepredispõeaoaparecimento
deISTs.Portanto,mesmocomummenorrisco,asmulheresquefazemsexocommulheres
devem se proteger contra as ISTs (FISH, 2007).
Cerca de 63% das mulheres quefazem sexo commulhernão usam métodosde
barreiranosbrinquedossexuais,e88%tambémnãoosutilizamparapenetraçãodigital.Na
literatura,nãohádadossuficientessobreaeficáciaeprevalênciadopreservativofeminino
nasrelações sexuais entre mulheres.Além de poucasmulheressaberemcomoutilizare
ondeencontraracamisinhavaginal,asoutrasopçõesdepreservativosãopoucoatrativas,o
quecontribuiparaumabaixaadesãodousodemétodosdebarreira.Estesnãodevemser
utilizadosapenasduranteosexo oral,nocontatopele-peleou napenetraçãodigital,mas
também em todos objetoscompartilhados. Todosesses cuidados devemser redobrados
quando há sexo no período menstrual e em parceriasoropositiva (RUFINO et al, 2017).

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