Galileu - Edição 351

(JABSS2000) #1

Para ovirologista,aestratégia brasileiradecombateàpandemia,
que adota restrições combase naocupação de hospitais emvez
de monitoraronúmerodecasos,éperigosa—quanto maisovírus
circular livremente,mais espaçoele tem paraevoluir.Osentimen-
to de calmaria pós-surto émais um ingredientearriscado. “Nós
entramos num processo de estabilização em um patamar mui-
to alto,umcomportamento de ‘nãoestá controlado,mas parece
que acoisa acalmou’ paraflexibilizar asrestrições”, alert aSpilki.E
aí éjustamente ondemoraoperigo, especialmente numcenário
como obrasileiro. “Quem não vacinaosuficientenão pode fazer
isso, porque gera o efeito caldeirão. Na hora do arrefecimento,
precisamosdepolíticas mais fortes decontrole paraevitarnovos
surtos”,concluioespecialista.


Ele não éoúnicoaadvertirsobre o“efeitocaldeirão”.Desdeo
início do ano,diversos cientistas têm chamado aatenção para
ofatodeque,sem nenhuma medida paradiminuirocontágio,o
país podesetornaruma verdadeiramáquinadenovasvariantes
earriscar umaterceiraonda aindamais grave. “A únicaexplicação
paraadisseminação de tantas variantes éque acirculação viral
está alta”, defende acientista da Fiocruz. Em países nos quaiso
vírus estácirculando em baixa proporção,novas cepas também
podemsurgir,mas provavelmente nãovãoseespalharcomtan-
ta rapidez. “O vírus éfacilmente controlado, nenhuma variante
vaipassarabarreiradamásca ra,doálcooledodistanciamento”,
destacaResende.

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